Bem, se a KLM não compreende, terá de se lhe explicar. 500.000 voos por ano são 1500 por dia, o que dá à volta de 1 minuto entre descolagens ou aterragens, coisa para 73 dB com aviões ruidosos e 70 dB com aviões silenciosos como eles dizem. Nas minhas coisas, um intervalo de 1,5 minutos entre comboios já era um limite que não devia ultrapassar-se (o mínimo dos mínimos em metros é 80 segundos). Claro que janelas duplas e obturadores para os ouvidos ajudam, mas ninguém devia ser obrigado a usá-los. A Holanda é pequenina, não há muito espaço para realojar habitantes, embora possam sempre ir comendo terreno ao mar do Norte, por mim nada a objetar, começando por ligar por terra as ilhas Terschelling ao continente. Seria interessante saber-se qual o fundamento jurídico invocado para recusar a redução (talvez seja a velha história da concorrência que assim não há slots que cheguem para quem quer desenvolver o seu negócio) . Devemos respeitar os monstros sagrados da ciencia económica, Smith, Ricardo, Malthus, Say, que já diziam que deve haver responsabilidade social. Isto é, explorar livremente uma atividade comercial é saudável, mas só até ao limite da sobreexploração. Diriam os monstros sagrados, a liberdade da companhia aérea termina onde começa a liberdade dos habitantes. Isto para não falar na insustentabilidade devida às alterações climáticas, por mais SAF (sustainable aviation fuel) que se utilize. Quanto aos aviões silenciosos, eles são tanto mais silenciosos quanto mais pequenos, logo colidem com o limite de voos para o mesmo volume de passageiros. Além de que viagens de menos de 1000 km é para ir de comboio, a KLM até já se meteu no negócio ... o terminal principal do Schipol tem uma estação de AV no subsolo. A malta do ponto a ponto não gosta, mas é assim ...
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