domingo, 3 de janeiro de 2016

Nem sempre o mais eficiente é o recomendável

retirado do DN

Problema de xadrez: as brancas jogam e dão mate em duas jogadas.
Claro que as brancas ganham sempre, mas o problema é saber como apenas em duas jogadas.
Pessoalmente, não gosto daquela ideia feita de que devemos sempre procurar o melhor.
Detesto a mania das revistas de eleger as figuras mais importantes do ano.
Nas empresas, não precisamos de génios, nem dos melhores.
Precisamos de pessoas comuns e de organizar o trabalho das pessoas de que se dispõe.
Selecionar os melhores é muitas vezes uma perda de tempo e um desperdício da capacidade de trabalho das pessoas comuns.
Isto é, a pessoa certa para um lugar certo é simplesmente uma pessoa, como as outras.
Isto a propósito do problema de xadrez.
Que se resolve com a jogada mais intuitiva, que é converter o peão na casa e8.
Mas não na peça mais forte, mais eficiente, com mais capacidades.
Antes num humilde cavalo, limitado nos seus movimentos, mas que é o único capaz de sacrificar o pobre rei negro na segunda jogada, quer seja o peão negro ou o próprio rei negro a comer uma das torres.
Não posso portanto concordar com o anúncio do carro de luxo, "the best or nothing", antes "the best or something".
Pena andarmos sempre a pensar nos campeões, nos mais fortes candidatos, em vez de confiar nos mais humildes.
Depois queixamo-nos...

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