sábado, 16 de janeiro de 2016

Senhores bem postos e ignorantes





 Graças aos gráficos publicados no Diário de Notícias posso comparar a evolução do PIB, em crescimento (positivo ou negativo), ano a ano,  de 2006 a 2014, de Portugal com as economias do mundo.
Lembrando-me daquele senhor de fala pausada que agora se dedica a contas sobre a poluição dos combustíveis fósseis (Vitor Gaspar) e de tantos senhores altamente cotados e que do alto da sua ignorância das realidades (no sentido de alienação marxista) e dos lugares de decisão da União Europeia e dos XVIII e XIX governos, nos conduziram até aqui.
É patente a proximidade das curvas do PIB de Portugal e da UE (ambos negativos em 2009) até 2010 inclusivé. Notar em 2010 a coincidência no crescimento (cerca de 2%). O que quer dizer que a ineficiência do XVIII governo ecoou a da UE.
Em 2011 e 2012, graças aos PEC e à troika, o PIB de Portugal continuou a descer, mais em Portugal do que  na UE. Claramente se vêem as consequências das medidas estranguladoras da troika, já reconhecidas, dada a evidencia pelo FMI, embora mantenham os seus juros cerca de 1,5% acima dos juros do mercado.
Em 2013 e em 2014 regressa a proximidade das curvas do crescimento do PIB de Portugal e da UE, ambos negativos em 2013 (mais em Portugal do que na UE, acentuando a divergência) e limitados a insignificante 0,9% em 2014.
Comparando a evolução com o PIB das outras regiões, que à exceção da Asia registaram acentuadas quebras em 2009, verifica-se que todas reagiram melhor do que a UE, o que confirma a inconsistência da política financeira e económica da UE, estrangulada pelos seus critérios ideológicos de privilégio da livre concorrência e globalização desregulada.
Será preciso esperar mais, numa altura em que grandes multinacionais anunciam despedimentos mundo fora, para confirmar o erro das políticas seguidas pelos senhores bem postos e ignorantes da UE e copiadas e ampliadas em Portugal pelo XIX governo?

São estes compromissos internacionais que temos de seguir? Ou não seria melhor ler com mais atenção os tratados da UE quando concede aos Estados a possibilidade de intervir na economia? 

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