quinta-feira, 5 de maio de 2016

No dia da língua portuguesa, o acordo ortográfico

http://www.rtp.pt/play/p1299/e234328/a-ronda-da-noite

No dia da Língua Portuguesa, reproduzo o programa da Antena 2, de Luis Caetano, com o debate entre Malaca Casteleiro, linguista, e Teolinda Gersão, escritora - ouvir do minuto 5 ao minuto 52.
Este humilde falante da língua portuguesa ficou contente por ter sido dispensado de escrever as diacríticas (consoantes mudas). Também teria querido mais eliminações de acentos, hifens e cedilhas, mas o acordo ficou a meio. Nada o choca no Brasil se escrever terno (herdeiro do latim, daí discordar da professora Teolinda Gersão quando disse que no Brasil não se liga os romanos, como se não houvesse Marco Aurélios, Aurelianos, Sénecas, Julianos, Agripinas, brasileiros) e em Portugal se escrever fato (herdeiro do germânico). Nem em Moçambique e em Angola  se dizer machimbombo, em Portugal autocarro e no Brasil onibus. Machimbombo vem machine pump anglo-saxónico, autocarro é uma mistura de latim e francês, e onibus é latim, latim quase puro (não querem saber dos romanos, os brasileiros?!).
Este humilde falante já tem escrito sobre o seu apoio ao acordo,
http://fcsseratostenes.blogspot.pt/search?q=ortogr%C3%A1fico

Seguiu com algum interesse os programas que nos anos 90 a antena 2, aos domingos, divulgou, tentando preparar as pessoas para a mudança. Mas nessa altura as pessoas tiveram mais que fazer do que prestar atenção a essas minudências. E já fui insultado boçalmente, por defensores da manutenção do acordo de 1945.
Mas enfim, agora que só falta Angola e Moçambique ratificarem, que já há o vocabulário, e que todos estamos de acordo que há coisas a melhorar no acordo de 1990, que até o senhor presidente da República diz que quer ponderar,deixem-me escrever sem diacríticas. Já todos escrevíamos sem a diacrítica c em fructa, já todos escreviamos sem ph e sem g em fleuma (phleugma, thypographia, escrevia Fernando Pessoa, que tanto mal disse do acordo de 1911) e não se preocupem com a supressão dos acentos em sede de falta de água ou sede de uma empresa, já não acentuávamos...


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