terça-feira, 8 de novembro de 2022

As mega regiões da Península Ibérica e como a rede TEN_T dos corredores mediterrânico e atlântico podem contribuir para o seu crescimento

 

Com a devida vénia ao “Público”, num artigo sore a cimeira de Viana do Castelo de 4nov2022, aproveitei a ideia do jornalista Ruben Martins e do autor que ele cita Richard Florida

https://www.publico.pt/2022/11/04/politica/noticia/comboio-ferrovia-acumula-atrasos-fica-cimeira-2026424

 

para comentar a responsabilidade espanhola no atraso na implementação do corredor atlântico segundo todos os padrões da interoperabilidade das redes TEN_T do regulamento 1315.

Considerem-se os PIB por região, e veja-se o governo espanhol a puxar pelas suas  regiões autónomas, ficando uma zona escura no mapa das night lights no sentido Norte-Sul entre Castela/Leon-Madrid-Andaluzia e a faixa litoral portuguesa, como se fosse um muro que não há muita vontade de deitar a baixo, quer dum lado quer do outro:

 

   


                                                                                                           

 Richard Florida considera que acima de 150 mil milhões de euros por ano será uma mega região com um crescimento económico em função da conetividade com as outras mega regiões. O mapa das luzes noturnas evidencia as mega regiões.

 

https://hbr.org/2008/03/megaregions-the-importance-of-place


 Compreende-se assim a estratégia espanhola em investir preferencialmente no corredor mediterrânico e no “Y” basco, aproveitando a recusa do governo português em cumprir o regulamento 1315 (rede “core” de que faz parte o corredor atlântico a executar até 2030). A rede ibérica para mercadorias remanescente será utilizada principalmente para servir a plataforma logística de Vitoria, de ligação a França em bitola UIC prevista para 2025.

Do lado português, a inexistência de um corredor atlântico em bitola UIC e com ERTMS (European traffic management system) compromete os objetivos ambientais da transferência modal das exportações para a Europa da rodovia para a ferrovia (idealmente com recurso ao transporte de semirreboques por comboio).












Sem comentários:

Enviar um comentário