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sábado, 17 de março de 2012

Informação do Instituto Ricardo Jorge sobre a evolução da mortalidade

Os dados publicados pelo Instituto Ricardo Jorge sobre a mortalidade semanal têm vindo a ser comentados no post
http://fcsseratostenes.blogspot.pt/2012/03/o-valor-das-estatisticas.html

É de há muito entendimento neste blogue de que a análise dos dados estatísticos é muito importante para  a comunidade, por indicar pistas para tomada de decisões, e não necessita de ficar à espera de muitos meses por especialistas.
Evidentemente que não se devem considerar as análises de dados, especialmente quando ainda não se dispõe de todos os dados, como leis, mas devem colocar-se hipóteses e seguir a evolução das variáveis e ir corrigindo as recomendações.
Este blogue detesta ouvir dizer "vamos analisar os dados e depois diremos" (é sintoma de que não têm experiencia em situações semelhantes e no estabelecimento de correlações entre variáveis múltiplas).

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Uma questão de transportes – a natalidade e a mortalidade

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Falham-nos os dados.
Mas parece que os operadores transportam menos passageiros. Digo parece porque as estatísticas não são fiáveis e aguardam-se inquéritos que o sejam.
E também parece que o número de produtores diminui. Aqueles cujo esforço contribui para as atividades reprodutivas do PIB. Pelo menos , oficialmente, diminui a população ativa e cresce o número de desempregados.
Até os imigrantes nos abandonam.
Graças às expetativas, que dizia Keynes que era uma das forças da economia, ou por falta delas, a idade em que a espécie humana se reproduz está a subir.
Pelo menos no nosso país.
Estes são os números com a evolução da natalidade e da mortalidade em Portugal:
Em 2006:
105 000 nascimentos
102 000 mortes
Em 2009 (extrapolação com base nos números do 1º semestre e dos valores relaqtivos entre o 2º e o 1º semestres em anos anteriores):
99 000 nascimentos
108 000 mortes
Até os imigrantes, além dos emigrantes, nos abandonam.
Assim temos um problema nos operadores de transportes. Falta de passageiros a prazo.
Nascem menos portugueses, morrem mais portugueses (alguém mentiu, quando falou em aumentar a expetativa de vida, a menos que esteja a morrer gente cada vez mais jovem, nas estradas, na dependência das drogas; está a morrer mais gente, de ano para ano ).
Talvez por isso alguém se lembrou da conta de 200 euros para cada recem-nascido.
Pode ser que as ideias adam smithistas venham a estar certas, mas por enquanto não estão, e estamos a degradar-nos.
Porém, pode ser que aconteça como na sinistralidade rodoviária e na criminalidade.
Compõem-se as estatísticas para o senhor ministro tranquilizar as populações.
Estes números deixam-me profundamente indignado.
Não apenas pelo falhanço na saúde (mais um direito universal do Homem adiado no nosso país).
Mas pelo que significa, em qualquer espécie biológica à superfície da terra, a diminuição da natalidade e o balanço negativo da população: o falhanço assumido do percurso da comunidade.
Até os imigrantes nos abandonam, quando deviam chegar e misturar-se connosco, quando deviam encher as nossas escolas com os seus filhos (oiço a minha mulher dizer: as alunas cabo-verdianas e angolanas são lindas e trabalhadoras, os miúdos indianos são espertos, têm muito jeito para a matemática e são muito ajuizados, as meninas ucranianas são a disciplina em pessoa, o miúdo chinês é um companheirão). Temos aqui um factor de produção quase de graça, só é preciso dar-lhes professores (não com as regras da ex-ministra, claro). Não é o que dizem os gurus da gestão de recursos humanos, que eles são o capital maior?
Falham-nos aqui também os dados, mas parece que o número de alunos das escolas públicas não sobe, enquanto os paisinhos presurosos, sempre que podem, levam os seus filhinhos para as escolas privadas, que fazem o seu negócio, mas onde também parece que o numero de alunos não cresce.
Como diz a estátua da Liberdade,
“Give me your tired, your poor,
Your huddled masses yearning to breathe free,
The wretched refuse of your teeming shore.
Send these, the homeless, tempest-tossed to me,
I lift my lamp beside the golden door!"
(Tragam-me as vossas massas de gente exausta, pobre
e confusa, ansiando por respirar em liberdade,
os desgraçados rejeitados pelos vossos países.
Enviem-me esses, os sem abrigo e os desalojados pela tempestade.
Eu os guiarei com a minha tocha.)


Era desses e dessas, e dos filhos e filhas desses e dessas, que nós precisávamos, para ver se nos organizávamos melhor em equipa, mas não segundo o padrão adam smithista, por favor, mais segundo o “Bill of rights”, que alguma vez há-de ser aplicado.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Rodoviarium I - As estatísticas dos acidentes rodoviários

As estatísticas dos acidentes rodoviários

Com a devida vénia, como se dizia antigamente, ou tirando o chapéu, como também se dizia no tempo em que se usavam chapéus, saúdo a afirmação do antigo comandante da GNR: “…não há menos acidentes, ao contrário do que fazem crer alguns malabarismos estatísticos” (11 mortos na 1ª semana de Junho de 2009).
O antigo comandante queixava-se do mesmo que eu, do corte nos quadros de pessoal (no caso do comandante o corte foi mesmo violento: extinguiu-se a Brigada de Transito; no meu caso, do que me queixava era de que precisava de técnicos que não tinha para executar o plano de actividades… mas o controle do deficit não deixou).
Lembro-me de ver agentes da BT a explicar pacientemente: tem de se deixar uma distancia para o carro da frente equivalente à distancia percorrida durante um tempo de reacção de 2 segundos. Não é para os vivaços se “meterem” ou poderem ultrapassar pela direita. É para o transito fluir normalmente sem necessidade de travagens violentas que vão causar perturbação lá atrás, na fila, se ela for muito compacta.
Os agentes explicavam isto e os “automobilistas”, amostra fidedigna da iliteracia numérica dos portugueses, achavam que não, que tinham muito bons reflexos e por isso podiam conduzir em cima do carro da frente.
Assim é difícil, com estes Democratas do volante (guiador) e sem BT.
Mas foi a tomada de decisão de quem pode, de facto.
Mais um erro de decisão, salvo melhor opinião, claro, se bem que o meu parecer esteja fundamentado nas leis da Física.
E peço licença ao antigo comandante para passar a usar o termo “malabarismos estatísticos”.
É que as estatísticas, mesmo utilizando apenas parte dos dados, são tantas vezes utilizadas pelos técnicos “inovadores” para pôr em causa o parecer de quem tem a experiência das “frentes de trabalho”…que podem estar enganados, claro, mas as estatísticas enganam tanto…vêem-se coisas nelas que podem estar tão longe da realidade…