O Museu de Arte Popular reabre dia 13 de Dezembro de 2011.
A nossa ministra da cultura não pode pode fazer só coisas de que eu não gosto. É impossível nunca acertar quando se dispara muito, gastam-se muitas munições mas acaba por se acertar. O problema, como me explicaram em Mafra, é que se perdem as munições.
Isso não é bom para quem queira privilegiar a eficiência, que é o resultado da arte de obter o máximo com o mínimo dos meios.
Mas o ponto exato em que a quantidade obtida satisfaz a fome de cultura é discutível.
Foi, discutir e exprimir a sua opinião, o que fez Daniel Barenboim no Scala de Milão, solidarizando-se, antes do inicio da ópera inaugural da temporada, com quem protestava no largo fronteiro contra os cortes do ministério da cultura. Do ministério da cultura de lá, da Itália, que anda como uma dívida um bocadinho exagerada, e que deixa cair as paredes das casas de Pompeia.
E é o que eu faço também, depois de ver no canal Mezzo a transmissão da "Fanciulla (rapariga) del West", ópera de Puccini em homenagem a uma rapariga do Oeste, que consegue redimir um fora da lei.
A encenação, na ópera de Amsterdam, discutível como todas as encenações, era do tipo daquelas que o ex-diretor do S.Carlos, demitido sumariamente pela ministra da Cultura, a de cá, costumava contratar, e foi por isso que ela o demitiu, com uma indemnização que a vítima até achou generosa por não compreeender como um país pobre, que poupa tanto na cultura, prefere perder dinheiro a cumprir um contrato (critérios de presidentes de clubesde futebol?).
No final da ópera, a fanciulla descia uma escada luminosa tipo Hollywood, vestida como Marilyn Monroe, no meio de um depósito de sucata de automóveis, e o herói juntava-se-lhe num voo de uma liana à moda de Tarzan.
Como dizia a senhora ministra, abusivamente porque estava a falar tambem por mim, não são estas as encenações que os espetadores do S.Carlos esperam ver.
Mas é pena, Lisboa ficar sem encenações destas e com ministras assim, mais parecida com a Dalila de "Sansão e Dalila" do que com a fanciulla de Puccini.
A Fanciulla del West na ópera holandesa:
Aplausos, para a ópera holandesa, e para o museu de arte popular.
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
O Museu de Arte Popular reabre
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Museu de Arte Popular
.
Não quero crer.
A senhora ministra da Cultura anunciou que o Museu de Arte Popular vai ser recuperado e reabrir.
Estão a querer violentar-me? A querer obrigar-me a dizer bem do governo? (pelo menos neste domínio).
O Museu de Arte Popular é um dos melhores exemplos do que o facciosismo pode fazer de mal.
Só porque nos anos de brasa (tomo o nome a um filme argelino) de 74 e 75 era no Mercado Popular de Belém, à volta do Museu Popular, que as organizações populares celebravam (era onde se fazia a feira do artesanato), tudo quanto era gente fina com pretensões a ter poder decisório abominou o sítio.
No consulado de um senhor presidente da Câmara de Lisboa no fim dos anos 70, foi deixado ao abandono e à degradação. O senhor presidente compensou com dois projectos extremamente meritórios para Lisboa: a ETAR de Alcântara e a Alta de Lisboa.
Uma senhora muito fina que foi ministra achou que ficava bem ali um museu da língua portuguesa (para nós, incultos, ficarmos a saber que ela tinha ido ao Brasil e ficado maravilhada com o museu da língua portuguesa em S.Paulo).
Um dos senhores que se lembrou de contribuir para destruir a Baixa de Lisboa através da nova “centralidade” da Expo98 (não quero retirar o mérito desta acção, apenas criticar o uso que se está fazendo do Parque das Nações para assassinar a Baixa) achou também que o Museu de Arte Popular devia ser demolido (Brrr! Demolido…)
A senhora ministra de agora vem dizer, como se fosse uma adolescente do tempo em que eu era adolescente (é um elogio, para o caso de não terem reparado): O Museu deArte Popular é para fazer a função para a qual foi concebido.
Querem obrigar-me a dizer bem do governo.
Mas eu vou já dizer mal da nova localização do Museu dos Coches.
Não vão perder pela demora.
Ver em
http://aeiou.visao.pt/museu-de-arte-popular-e-para-avancar=f538971
.
Não quero crer.
A senhora ministra da Cultura anunciou que o Museu de Arte Popular vai ser recuperado e reabrir.
Estão a querer violentar-me? A querer obrigar-me a dizer bem do governo? (pelo menos neste domínio).
O Museu de Arte Popular é um dos melhores exemplos do que o facciosismo pode fazer de mal.
Só porque nos anos de brasa (tomo o nome a um filme argelino) de 74 e 75 era no Mercado Popular de Belém, à volta do Museu Popular, que as organizações populares celebravam (era onde se fazia a feira do artesanato), tudo quanto era gente fina com pretensões a ter poder decisório abominou o sítio.
No consulado de um senhor presidente da Câmara de Lisboa no fim dos anos 70, foi deixado ao abandono e à degradação. O senhor presidente compensou com dois projectos extremamente meritórios para Lisboa: a ETAR de Alcântara e a Alta de Lisboa.
Uma senhora muito fina que foi ministra achou que ficava bem ali um museu da língua portuguesa (para nós, incultos, ficarmos a saber que ela tinha ido ao Brasil e ficado maravilhada com o museu da língua portuguesa em S.Paulo).
Um dos senhores que se lembrou de contribuir para destruir a Baixa de Lisboa através da nova “centralidade” da Expo98 (não quero retirar o mérito desta acção, apenas criticar o uso que se está fazendo do Parque das Nações para assassinar a Baixa) achou também que o Museu de Arte Popular devia ser demolido (Brrr! Demolido…)
A senhora ministra de agora vem dizer, como se fosse uma adolescente do tempo em que eu era adolescente (é um elogio, para o caso de não terem reparado): O Museu deArte Popular é para fazer a função para a qual foi concebido.
Querem obrigar-me a dizer bem do governo.
Mas eu vou já dizer mal da nova localização do Museu dos Coches.
Não vão perder pela demora.
Ver em
http://aeiou.visao.pt/museu-de-arte-popular-e-para-avancar=f538971
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