Segundo o DN de 9 de junho de 2017, existe alguma incompatibilidade entre a operação do aeroporto complementar do Montijo e a atividade do campo de tiro de Alcochete para disparos ar-solo a mais de 9000 pés (altitude acima da qual o estudo da Eurocontrol reservou para a aviação civil, embora sejam frequentes os disparos a 24.000 pés). Mais informa o DN que a estimativa de deslocalização é da ordem de 250 milhões de euros.
Considerando que as operações de salvamento e atividades complementares não devem ser afetadas pela aviação civil, nem estar dependentes da gestão pela NAV, que essas operações e o treino da força aérea no campo de tiro estão intimamente ligados aos compromissos internacionais com a UE, poderemos talvez concluir que os custos de deslocalização da força aérea são identicos, quer se trate do aeroporto complementar do Montijo, quer da solução faseada para o definitivo e novo aeroporto no CTA. Isto é, as poupanças não são tantas como propagandeadas, apesar do ministério do planeamento continuar a usar o argumento de que há estudos que defendem o que ele, ministério, quer, e que não há estudos que defendam os argumentos contrários. Faz-me lembrar as discussões teológicas, quais os magister que dixit umas coisas e quais os que diziam outras. É o que acontece quando os decisores não dispõem de conhecimentos técnicos sobre os assuntos sobre que têm de decidir, quer se trate das ligações ferroviárias à Europa em bitola europeia, quer se trate da localização de terminais de contentores, quer se trate de expansões de redes de metropolitano, quer se trate de requalificação de linhas suburbanas como a de Cascais ou a da Lousã, quer se trate das ligações energéticas com Espanha, ou com França por cabo submarino, que se trate da gestão comum com a Espanha da água, quer se trate da gestão da floresta e da luta contra o nemátodo ...
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