sexta-feira, 10 de abril de 2020

Sobre a insistência do senhor ministro do Ambiente em prosseguir o processo da linha circular



Pequeno diário desta novela

13 de abril de 2020

Surpreendentemente, o metro de Lisboa emitiu um comunicado para a imprensa no domingo de Páscoa, previsivelmente em teletrabalho do seu secretariado, informando que tinha adjudicado em 9 de abril os toscos do troço Rato-Santos por 48,6 milhões de euros e um prazo de execução de 960 dias, aguardando-se o visto do tribunal de Contas para a assinatura do contrato:
https://www.publico.pt/2020/04/12/economia/noticia/metro-lisboa-adjudica-primeira-empreitada-plano-expansao-1912001

Bem, embora a minha confiança no sistema juridico português seja limitada, ainda acredito que o Tribunal de Contas não irá visar. E o senhor presidente da CML aproveitará para agudizar o conflito com o TC .
Mas nunca se sabe. 
Quanto ao limite de 2023, já duvido que o prolongamento Rato-Cais do Sodré e os novos viadutos de Campo Grande o possam cumprir. Nem a estimativa de custos. Incluindo para este troço,  48,5 milhões de euros para Rato-Santos não chegam se se quiser garantir em bom nível a segurança da obra.
O mandado dos artigos 282 e 283 é para fazer estudos comparativos e alargados à AML e de viabilidade (nota minha - se necessário com recurso a consultores estrangeiros), grandes manutenções e adaptação de estações a pessoas com mobilidade reduzida que podem ser pagos com o cofinanciamento comunitário, além de poderem ser desviados para outros empreendimentos. 
Para beneficiarem de cofinanciamento têm de estar definidos pelo menos os estudos prévios e as análises custos benefícios. Os estudos têm de estar concluidos durante o ano de 2020 segundo a letra do decerto lei de aprovação do orçamento. Isto é, basta deixar as coisas arrastarem-se para o Tribunal de Contas poder pôr o visto em janeiro de 2021, a menos que o Parlamento renove o mandado para o orçamento de 2021.
Para o metro do Porto estão garantidos este ano 107 milhões de cofinanciamento pelo fundo de coesão, os colegas do metro do Porto serão mais expeditos.
Continuo a achar que o prosseguimento deveria ser a chamada do metro à comissão de economia e obras públicas para controles periódicos do avanço desses estudos e tomada de medidas alternativas para eles avançarem sem direções enviesadas.
Mas também reconheço que os deputados têm muitas solicitações.


9 de abril de 2020 

A câmara municipal de Lisboa, com votos contra apenas do PS, aprovou a seguinte moção:

Moção nº       /2020
Linha Circular do Metropolitano de Lisboa

Considerando a recente publicação do Orçamento de Estado para 2020; e em particular os seus artigos 282º e 283º, cujo teor se reproduz aqui, com sublinhado e bold nosso:
Artigo 282.º
Investimentos e expansão da rede do metropolitano de Lisboa
1 — O Governo promove, durante o ano de 2020, as medidas necessárias junto da empresa Metropolitano de Lisboa, E. P. E., para suspender o processo de construção da Linha Circular entre o Cais Sodré e o Campo Grande, devendo ser dada prioridade à expansão da rede de metropolitano até Loures, bem como para Alcântara e a zona ocidental de Lisboa.
2 — Durante o ano de 2020, o Governo:
a) Realiza, através da Metropolitano de Lisboa, E. P. E:
i) Um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular;
ii) Os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o concelho de Loures;
iii) Uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa;
b) Elabora um estudo global de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente quanto às redes de transportes públicos, à ligação dos modos de transporte, à intermodalidade e interfaces;
c) Com vista ao normal funcionamento do metropolitano de Lisboa, procede:
i) À contratação urgente dos trabalhadores necessários, tendo em conta as diversas áreas onde se verifica carência de pessoal;
ii) À reposição dos materiais necessários à manutenção e reparação do material circulante e dos equipamentos;
iii) À realização urgente de obras nas estações que necessitam de intervenção, principalmente devido às infiltrações.

Artigo 283.º
Promoção da acessibilidade no metropolitano de Lisboa
Tendo em vista o cumprimento da legislação sobre acessibilidades e para que sejam progressivamente eliminadas as barreiras existentes, o Governo promove a concretização de obras nas estações do metropolitano de Lisboa já existentes, por forma a torná-las totalmente acessíveis a cidadãos com mobilidade reduzida, nomeadamente através da instalação de elevadores e/ou plataformas elevatórias para cadeira de rodas e da adaptação dos corrimãos para leitura em braille do número de degraus.

Considerando, por outro lado, o recente despacho assinado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, autorizando o Metro de Lisboa a concretizar o “prolongamento das Linhas Amarela e Verde”, com a ligação do Rato ao Cais do Sodré.

Considerando ainda, que a uma pergunta dos eurodeputados do PCP, sobre se as verbas do atual Quadro Financeiro Plurianual (2013-2020) que estão previstas serem alocadas à construção da linha circular do metropolitano de Lisboa, poderiam ser realocadas para a concretização de outros projetos de expansão da rede de metropolitano. Fomos informados que, e citamos:
“O Quadro Financeiro Plurianual (QFP) de 2014-2020 não contempla financiamentos destinados a projetos específicos em regime de gestão partilhada. Cabe ao Estado-Membro, e não à Comissão, selecionar projetos concretos, em conformidade com as disposições aplicáveis e os programas operacionais aprovados. Para projetos qualificados como «grandes projetos», que é o caso da linha circular do metro de Lisboa, a Comissão aprova a contribuição da União através de uma decisão na sequência de um pedido apresentado pelo Estado-Membro. Neste contexto, as autoridades portuguesas planearam recorrer a um montante de 83 milhões de EUR ao abrigo do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) para cofinanciar a linha circular do metro de Lisboa. A possibilidade de reafectar esse montante será sempre uma decisão das autoridades portuguesas. Até à data, a Comissão não foi informada de qualquer intenção das autoridades nacionais nesse sentido.”

A Câmara Municipal de Lisboa, reunida a 9 de abril de 2020, decide:
  1. Manifestar ao Governo a sua discordância pelo não cumprimento do disposto nos artigos citados acima, aprovados por uma ampla maioria de deputados da Assembleia da República;
  2. Reiterar que a expansão da rede do Metropolitano de Lisboa constitui um elemento determinante para a Cidade e a área metropolitana em que se insere, pelo que importa concretizar o teor dos artigos aprovados na Assembleia da República, aproveitando para o efeito os fundos comunitários disponíveis, tal como determina a Comissão Europeia.
Lisboa, 7 de Abril de 2020
Os Vereadores do PCP
João Ferreira                                                                    Ana Jara

Comentário:

É verdade, sr ministro, os 10,5 milhões de euros no OE para material circulante e sinalização (CBTC) para toda a rede são imprescindiveis (apesar da esperteza saloia de ampliar o ambito do concurso para incluir Rato-Cais do Sodré). Não deve suspender-se esse concurso, e julgo que a impugnação já foi ultrapassada.
Mas tambem há no OE 24,2282 milhões para a expansão da rede que podem ser utilizados para os estudos comparativos e de viabilidade que deveriam ter sido feitos em 2017 e não foram porque o sr ministro não quis. Preferiu encomendar um estudo orientado para a linha circular. Disse nessa altura que a cidade se abria às pessoas com a linha circular  (e contra este argumento não tenho eu argumentos e se tivesse não os utilizava). 
Agora lamenta que não há tempo até 2023. 
Até há, mas com um grupo de controle periodico e com autoridade para coordenação interdisciplinar, não pode ser é com metodos top down e com a pratica da contratação publica habitual. 
Estudos até dez2020, concurso condicional simultaneamente com o EIA e adjudicação até jun2021, 2 anos para obra de 4000m a 6m por dia e ensaios já podem ser feitos no principio de 2024.
Mas era preciso ter unhas. E alterar a mentalidade dos fazedores da lei da contratação pública. Estamos em situação de emergencia, não é? A alteração para considerar o arranque dos procedimentos concursais de forma condicional, isto é, lançar os concursos ainda antes de todas as aprovações formais, foi uma das propostas que apresentei no ano 2008 aos senhores advogados que foram anunciar a nova lei de contratação pública. Surdos ficaram, o que não admira, nunca tiveram de lidar com as obras de infraestruturas. Mas depois não venham queixar-se das deficiencias da lei e das interpretações que dela fazem atrasando os empreendimentos.
Alem disso, sr ministro,  a sra comissária já escreveu que pode usar, o senhor ou outro ministro, os 83 milhões para outros fins, não tente enganar mais os cidadãos.
Ah, tambem é verdade que o metro já está a estudar o prolongamento para Alcantara, mas não mostra pormenores, nem alternativas, e parece que a imobiliária SARL não deixa fazer viadutos, por isso a estimativa é de 400 milhões (tirem o sentido de que podem fazer a circular por 200 milhões). 
Alem disso, basta empatar para não se conseguir cumprir o mandado dos artigos 282 e 283 (este manda pôr elevadores nas estações,  cuja falta que se arrasta há anos é uma vergonha).
Mas tambem duvido que o Tribunal de Contas ponha o visto nuns contratos para Rato-Santos e Santos-Cais do Sodré quando o decreto mandou suspender a circular. 
A proposito, o primeiro significado da palavra recomendação no dicionario Priberam é "incumbir formalmente alguem de". 
Ciberduvidas?


8 de abril de 2020

Retorno ao processo de avaliação ambiental da linha circular
o TUA, que poderá encontrar no site  participa em

Na página 47 diz que considerou o PROTAML e o PDML. Porem conforme refiro em 
A referencia ao PROTAML é enganadora (pág71 do RS)  porque ele previa a ligação a Alcantara conforme lembrado em muitos pareceres na consulta publica.

Não parece haver nenhuma referencia à CCDRLVT .
Não há tambem fundamento para a linha circular no PAMUS da AML de fevereiro de 2016 que na pág 47 apenas refere a expansão para a Reboleira. Link  para este PAMUS:

Aproveito ainda para juntar o meu parecer na consulta pública em que no ponto 4 refiro a incoerencia com o PROTAML.



7 de abril de 2020

Esta não devia ser uma telenovela neste período que atravessamos, agora com o episódio da infeliz declaração do senhor ministro Matos Fernandes a que se seguiu o esclarecimento de Elisa Ferreira:

Estamos perante um caso muito grave de desobediencia institucional, pelo que é boa a sugestão  de destacar o incumprimento do PROTAML (julgo que se refere ao de 2002 uma vez que as revisões posteriores não foram aprovadas) e do PAMUS da AML (de que conheço apenas a versão de fevereiro de 2016) e que são de facto omissos quanto à linha circular.

Relativamente ao PROTAML, que o EIA diz falsamente cumprir, veja-se a seguinte ligação:
Relativamente ao PAMUS, sugiro:
Gostaria de recordar que, segundo o dicionário Priberam, o primeiro significado de recomendação é "ato ou efeito de recomendar", e o primeiro significado de recomendar é "encarregar formalmente alguém de".  Donde, segundo o senhor Presidente, o Parlamento encarregou formalmente o governo de cumprir os artigos 282 e 283.

Até certo ponto, o senhor ministro tem a razão de considerar que até ao fim de 2020 é muito dificil de cumprir o mandado desses dois artigos (recordo que o 283 manda promover a concretização de obras para tornar as estações acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida). O artigo 282 determina que  o governo mande o metropolitano suspender o processo de construção da linha circular e dar prioridade à expansão para Loures e Alcantara. Para isso terá o metro de desenvolver estudos comparativos e de viabilidade para Loures, Alcantara, parte ocidental de Lisboa, estudo global para a AML e contratação de trabalhadores, reposição de sobresselentes e obras de reparação em estações. 
Trata-se de um programa ousado, que provavelmente só poderá levar-se a cabo, em termos de projeto, se o metropolitano receber apoios (caso não seja possivel dentro do país, a UE tem mecanismos de apoio técnico por exemplo á contratação de gabinetes de engenharia internacionais). O próprio orçamento de Estado prevê 24,2282 milhões de euros para a expansão da rede do metro sem mencionar a linha circular  (mais 10,5 milhões de euros para material circulante e sinalização/CBTC). Os famosos 83 milhões de euros, como garantiu Elsa Ferreira, podem ser alocados a outros investimentos, nomeadamente ao próprio programa do mandado, ou a empreendimentos exteriores ao metro.
Só que o problema está, para além da execução dos projetos até ao fim de 2020,  em que a  concretização das obras respetivas  seja até 2023 .
Esta é uma das grandes fragilidades das relações de Portugal com os fundos comunitários para infraestruturas, a incapacidade de elaboração de um plano estratégico para a mobilidade na AML e dos anteprojetos das várias ligações e submetê-los com exito à candidatura aos fundos. 
Seria interessante a divulgação pelo governo como conseguiu obter um cofinanciamento de 83 milhões de euros para a linha circular quando a sua justificação assenta em  dados duvidosos (porquê a linha circular quando não foi comparada com nenhum dos troços previstos no mapa de 2009? mas apenas com uma parte do prolongamento da linha vermelha, logo antecipadamente desfavorecida no estudo comparativo. Igualmente seria interessante a divulgação já publicamente pedida do estudo da VTM que segundo o EIA, fundamenta a opção pela linha circular.
Se não for feito um controle periódico do avanço dos trabalhos cometidos ao metropolitano e corrigida a trajetória, os atrasos acumular-se-ão e chegar-se-á ao fim de 2020 sem dados fiáveis para tomar decisões.
É possivel tentar organizar uma equipa de acompanhamento, com apoio da Ordem dos engenheiros, de universidades, associações técnicas como a ADFERSIT, técnicos da especialidade, imprensa da especialidade, departamentos técnicos das câmaras da AML, mas o controle pelos deputados será essencial.



6 de abril de 2020 

No seguimento das declarações do senhor ministro, o grupo de cidadãos moradores em Odivelas emitiu o seguinte comunicado:

 CONTRA O FIM DA LINHA AMARELA
06/04/2020
Comunicado
Grave Atropelo ao Estado de Direito Democrático e à Democracia Representativa






No passado dia 31 de Março, foi publicado o Orçamento de Estado para 2020, onde através do art.º 282.º, entre outras medidas, foi imposto ao Governo a suspensão do «processo de construção da Linha Circular entre o Cais Sodré e o Campo Grande, devendo ser dada prioridade à expansão da rede de metropolitano até Loures, bem como para Alcântara e a zona ocidental de Lisboa».
Este é o tempo de se dar cumprimento à lei!

De acordo com Nota de Imprensa na página oficial do Ministério, o Senhor Ministro do Ambiente e Acção Climática, no dia 03 de Abril emitiu Despacho dando indicação à Metropolitano de Lisboa, E.P.E. para «continuar a executar os procedimentos administrativos necessários à aquisição de material circulante, modernização da sinalização e concretização do Plano de Expansão da rede do Metropolitano de Lisboa – Prolongamento das Linhas Amarela e Verde – Rato – Cais do Sodré, bem como os procedimentos conexos com esses projectos, nomeadamente os respectivos procedimentos de contratação pública.»
Aquele despacho é sustentado nos seguintes fundamentos:

        i.       Aquando da promulgação da Lei n.º 2/2020, de 31 de Março, que aprova o Orçamento de Estado para 2020 (LOE 2020), o Presidente da República considerou nota no site no Presidência da República que o inscrito no artigo 282.º da LOE 2020 não têm efeito vinculativo e que, em rigor, a Assembleia da República não suspendeu qualquer decisão administrativa, limitando-se a formular recomendação política, dirigida ao Governo e à Administração Pública em geral, sobre a aludida matéria;
      ii.          A retoma daquele projecto será especialmente importante perante os efeitos sobre a economia que a pandemia do COVID-19 já está a provocar em todo o Mundo e em Portugal.
      iii.          A não perda de 83 milhões de euros, financiados pelo Fundo de Coesão
     iv.          O Plano de Expansão da rede do Metropolitano de Lisboa – Prolongamento das Linhas Amarela e Verde – Rato – Cais do Sodré representa um investimento total de 276 milhões de euros

Ao longo deste processo temos verificado que sobre os argumentos usados para justificar a Linha Circular têm algum em comum, ou são fracos ou são omissos. Senão vejamos:

1. Quanto ao base o teor de nota no site no Presidência da República, oferece-nos dizer que:
1.1. As leis ou são promulgadas pelo Sr. Presidente da República, ou são vetadas politicamente ou com base na apreciação preventiva da constitucionalidade (de uma ou várias normas) pelo Tribunal Constitucional.
1.1.1. A única intervenção do Sr. Presidente da República na Lei do Orçamento de Estado para 2020 a considerar, resume-se ao que inscreveu naquela lei: «Promulgada em 23 de Março de 2020. Publique-se.»
1.1.2. Quaisquer comentários do Sr. Presidente da República sobre esta matéria não passam de exercício de liberdade de expressão, pois quando pôde agir assim não o fez. Naturalmente que estranhamos esta dicotomia comportamental.

1.2. Ora, veto Presidencial não terá existido, o que nos induz a duas conclusões:
1.2.1. Também o Senhor Presidente da República considera (ele mesmo o confirma na Nota proferida) não haver inconstitucionalidade naquele artigo (282.º) inserido na da Lei do Orçamento de Estado para 2020;
1.2.2. Porque no nosso ordenamento jurídico, não existem leis menores, nem artigos ou artiguinhos, a Lei de Orçamento de Estado para 2020 está integralmente aprovada e É PARA CUMPRIR INTEGRALMENTE.

2. Sabendo que a Comissão Europeia liberou o uso dos Fundos Comunitários para acudir às necessidades resultantes do surto pandémico (COVID-19), exortamos o Governo a aproveitar o momento para encaminhar responsavelmente os tais 83 milhões de euros, que vinham da "Europa" para o Metro, para o esforço na aquisição de equipamentos e materiais para o SNS. 83 milhões de euros certamente que permitirão a aquisição de materiais e equipamentos que assim evitarão que se imponha aos médicos a escolha de quem morre e de quem vive. Tal permitirá que aquele dinheiro não se perca (algo que só aconteceria por incúria) e que seja gasto com responsabilidade acudindo a uma real necessidade.

3. Verifica-se ainda que o custo da construção da Linha Circular do Metro era de 210 milhões, mas já vai em 276 milhões e a obra ainda nem sequer começou. Onde irá este valor parar?

Por se tratar de um grave atropelo ao Estado de Direito Democrático e à Democracia Representativa, ponderando a utilização de meios coercivos para conter esta decisão, é com muita preocupação que numa altura em que os direitos civis estão condicionados, verificamos existirem governantes que entendem poder agir à margem da lei.
Estamos convictos que alguém chamará o Senhor Ministro do Ambiente e Acção Climática, Matos Fernandes à razão e lhe diga que é errada a sua incapacidade de perceber que as Leis da República são para cumprir.

Se as leis da República são recomendações, perguntamos então porque temos de nós, os cidadãos, de as cumprir?

Sr. Ministro Matos Fernandes, os Cidadãos Contra o Fim da Linha Amarela recomendam-lhe que arrepie caminho!
O Senhor, como Governante tem de ser exemplar e estar na linha da frente dos que têm de cumprir a lei!
Não desejamos impor nada coercivamente, pelo que está na sua mão tal evitar!
Pelo Movimento de Cidadãos "Contra o Fim da Linha Amarela",
Vítor Peixoto
Ilda Tojal
Jorge Mendes
Paulo Bernardo e Sousa

PS: Para qualquer esclarecimento adicional indicamos o n.º 931325591 (Paulo Bernardo e Sousa) ou para contraofimdalinhaamarela@gmail.com.

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