quinta-feira, 4 de junho de 2009

Economicómio III – paradoxo de sábio e ignorante

Economicómio III – paradoxo de sábio e ignorante

Mais uma provocação aos meus amigos economistas.
Andamos todos muito contentes, com aqueles senhores sábios do BCE a garantir que estão a controlar os preços baixos e a inflação (a mim, quando era novo, ensinaram-me que um investimento numa fábrica se justifica com a venda dos seus produtos, e que preços baixos têm o inconveniente de ninguém querer investir, mas serão teorias ultrapassadas) e o mesmo se passa nos USA.
Mas, ouvi hoje uma notícia insignificante, sem relevo nenhum no noticiário, que dizia que o governador da reserva federal dos USA achava que a política de endividamento dos USA era insustentável.
E eu achei engraçado pensar que também, ignorante, como sou, sou da mesma opinião. E até já era.
Porque será então que o sábio e o ignorante acham o mesmo?
Como podem os meus amigos economistas levantar este paradoxo?
Para dar uma ajuda, informo que o deficit federal dos USA previsto para 2009 é de 1750 mil milhões de dólares e para 2010 de 1170 mil milhões de dólares (a bronca do Lehman Bros foi de 700 mil milhões). E ainda que a taxa do aumento da emissão de obrigações para a segurança social federal é de 2500 mil milhões de dólares por ano.
Será possível continuar com as taxas de inflação negativas e com os preços baixos do petróleo?
Acham?
E será que o governador da reserva federal conhece a conjectura dos imperadores romanos? (a distancia das fronteiras do império ao Capitólio é definida pelo balanço da energia – no tempo deles principalmente alimentar - que se pode retirar do interior das fronteiras, versus a energia necessária para manter as fronteiras nessa posição).

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