quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma espécie evoluida e uma estratégia de combate

Com a devida vénia à RTP2

A RTP2, antes do noticiário das 22:00, faz o seu serviço público.
Passe isso ser entendido como os programas que ninguém vê.
Mas não é bem assim, e alguém vai vendo.
O programa é interessantissimo e chama-se: Freaks of the seas.
Traduzido por: os excentricos dos mares.
Isto para mostrar os animais mais estranhos dos mares.
E enquanto passam as imagens do tubarão martelo, vem a informação: a fêmea pode ter partos virginais.
Isto é, os tubarõezinhos podem ter apenas ADN da mãe.
De dedução em dedução biológica, o autor do programa declara que se trata de uma espécie muito avançada na evolução.
Que afirmação extraordinária, depois de mostrar o cavalo marinho macho a abrigar os ovos até sairem os pequenos cavalos marinhos, depois de exibir o canibalismo das lulas (tal como na espécie humana, o pior inimigo da lula e a lula), a afirmação de que o tubarão martelo é uma espécie evoluida tem algo de perturbador.
Tanto como a hipótese que já os gregos da antiguidade clássica tinham posto, quando criaram Hermafrodite, exemplo do terceiro sexo, um ser capaz de se reproduzir por si próprio.
Imaginemos só um pouco a espécie humana a evoluir neste sentido.
Talvez as feministas apoiassem.
As mulheres não precisarem da parte masculina para as defenderem ou complementar.
Ou, paradoxalmente, como simples manifestação da dialética da natureza, que, pelo contrário, não precisassem de se sujeitar a todos os constrangimentos morais, desde a burka à interdição de utilizarem o tempo como muito bem entenderem.
Sinceramente, acharia mais eficaz discutir isto com os sacerdotes muçulmanos do que mandar-lhes misseis a partir dos navios dos cruzados.

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