O artigo do Expresso mostrava os efeitos do temporal na zona costeira a norte de Barcelona e punha a hipótese de transferir a linha de caminho de ferro para o interior:
Lembrei-me de que a nossa linha de Cascais até é um bom exemplo de obras de manutenção e proteção contra as investidas do mar (discordo da ideia de subir a tensão de alimentação para 25 kV, mas o decisores acham que sou exagerado quando digo que se pode mas não se deve pôr um nível de tensão tão elevado num ambiente salino, o que é assunto para outro tema).
Lembrei-me também do caso da destruição parcial em 2014 da linha de Dawlish, no Devon, sudoeste de Inglatrra, e do carinho com que foi recuperada.
Por isso enviei o seguinte texto à jornalista, que me respondeu agradecendo:
Caso queira voltar ao tema das praias e da linha de comboio ameaçadas pelo mar, sugiro o tema da linha de Devon/Dawlish em Inglaterra:
https://www.theconstructionindex.co.uk/news/view/dawlish-back-on-track
e a bombagem de areia nas praias da Austrália:
O caso da linha de Cascais é um bom exemplo com os passeios marítimos e a forma do perfil vertical do paredão, desviando a onda para cima.
Em Maresme a solução poderá ser o passeio marítimo como em Dawlish e Cascais. As marinas em Maresme impediram a deposição de alguma areia, mas a orientação das correntes e da costa torna dificil o efeito dos molhes/esporões que até são eficazes mais a sul, em Barceloneta. Para a proteção da linha tambem poderão construir-se molhes paralelos à costa, não em forma de esporão, como no Japão para proteção contra maremotos. É caro, mas mudar a linha para o interior é um ato de lesa património industrial histórico. Quem viaja na linha de Cascais compreende isto.
Com os melhores cumprimentos
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