Anteriores textos sobre o Atlantida neste blogue, tentando registar como a sua venda e a dos estaleiros de Viana do Castelo convergiram, eventualmente de encontro aos desejos do governo da altura:
https://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=atlantida
Atualidade jurídica, cancelamento do julgamento de Ana Gomes por queixa de Mario Ferreira:
Antedentes:
No momento em que escrevo, o Atlantida, perdão o agora Spitsbergen (quem se teria lembrado de pôr o nome de Atlantida, um continente submerso, a um navio? teria sido o governo dos Açores de então? há regras na marinha, não se põem nomes desses) da companhia Hurtigruten, navega a 10 nós com vento de 20 nós pela proa num cruzeiro nas ilhas Hebridas interiores da Escócia (parece que o governo dos Açores o queria a 18 nós depois de escolher um projeto que teve de ser corrigido omitindo o reforço da potencia dos motores e como nem sempre se atingia essa velocidade, recusou-o, contribuindo para a privatização dos estaleiros de Viana do Castelo, juntamente com a recusa de cumprir o tratado de funcionamento da UE na parte de financiamento de material de defesa, no caso o programa dos patrulheiros) .
trajeto do Spitsbergen das ilhas de Stornoway para Canna (esta indicada pela seta) com a sua posição no momento em que escrevo |
imagem retirada dos sites de localização de navios e aviões:
https://www.marinetraffic.com/pt/ais/home/centerx:-7.4/centery:57.9/zoom:8
https://www.localizatodo.com/html5/
É muito interessante, enquanto em Portugal se discute juridicamente se o senhor empresário foi ou não apropriadamente difamado, o Atlantida, perdão, o Spitsbergen, há 5 anos e meio que faz cruzeiros nos mares nórdicos ganhando sucessivos prémios na sua categoria, coisa documentada nas referências acima.
Isto é, o Atlantida tornou-se uma metáfora do que em Portugal se pode fazer bem (a correção dum projeto mal escolhido por quem não tinha competencia para o fazer) e do que se pode fazer para aviltar quem faz bem (a incapacidade de aceitar um compromisso entre o conforto e a segurança associados a essa correção por um lado e a quebra na velocidade máxima poupando nos custos do aumento da potencia, incapacidade essa caraterística de quem não tem competencia para uma decisão dessas). E tudo isso, como diz o queixoso de Ana Gomes por difamação, feito com a máxima transparencia, induzindo na opinião pública, através da comunicação social, que o Atlântida tinha sido mal construido, que os estaleiros de Viana eram mal geridos por serem públicos (houve encomendas de chapa para construção paradas por falta de visto "das finanças") e tinham de ser privatizados.
Votos de bons ventos para o Spitsbergen, já que não somos dignos dele.
fotos do Spitsbergen:
A parte da popa de bombordo (lado esquerdo) foi toda substituida na transformação da comporta e "deck", para transporte de viaturas, em camarotes e zona de lazer |
PS em 19de abril - voltando à localização do Spitsbergen, está no dia de hoje ancorado ao largo da marina de Oban, em plenas ilhas interiores da Escócia. Não servia para os Açores, ou melhor, para o governo regional da altura
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