sábado, 7 de janeiro de 2023

Aluimento em aterro na linha do norte a 3km a sul da Pampilhosa

 Em 30dez2022 verificou-se um aluimento no aterro de suporte da via ao km 228,15 da linha do norte

https://eco.sapo.pt/2023/01/05/primeira-obra-do-ferrovia-2020-abre-buraco-na-linha-do-norte-viagem-lisboa-porto-ja-demora-mais-de-3-horas/

https://www.noticiasdecoimbra.pt/circulacao-condicionada-na-linha-do-norte-entre-souselas-e-pampilhosa-deve-manter-se-oito-semanas/

https://www.publico.pt/2023/01/07/local/noticia/via-unica-linha-norte-souselas-vai-manterse-dois-meses-2034094

foto de Fernando Liberato em eco.sapo; parece evidente o subdimensionamento da conduta de água; provavelmente também é insuficiente o número de condutas sob o talude ao longo da sua extensão; ver https://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=a14



Vista no sentido Norte-Sul;local aproximado do aluimento; segundo o Google Earth a cota da via é  65m, a dos terrenos à esquerda do aterro 49m e à direita 50m; ao fundo, à direita, a cerca de 80m, o poste de catenária em contravia por o aterro à esquerda não oferecer segurança dada a proximidade da passagem inferior de água

vista em planta da zona do aluimento; a amarelo o arroio; a norte desta zona a via segue entre dois taludes

vista do poste de catenária em contravia, na zona da passagem inferior do arroio



Vista no sentido N-S de um talude a cerca de 1km para norte do local do aluimento, sendo a imagem de 2014

Vista no sentido N-S de um talude a cerca de 2km para norte do local do aluimento, sendo a imagem de 2014



A explicação do sucedido encontra-se claramente nas notícias das ligações acima. As vias de comunicação têm o inconveniente de se constituirem barreiras ao deslocamento da água, especialmente em terrenos com diferença de cotas, como é o caso. Não sendo previstos caminhos de escoamento bem dimensionados para os picos de precipitação (desconfia-se que acontece neste momento nas obras da linha da Beira Alta), acaba por haver arrastamento de inertes e colocação da via ou do pavimento sem sustentação.  
A notícia do Publico lembra que todo o troço entre Alfarelos e Pampilhosa foi objeto de renovação da via e o local que aluiu se encontrava sob observação.
Será mais um exemplo do desinvestimento na vertente manutenção da empresa pública IP/ferrovia com a crença de que entregr a empreiteiros exteriores fica mais económico. Sem contestar que essa pode ser em muitos casos uma boa solução, parece inquestionável que a garantia da permanencia na empresa pública de quadros com commpetência e com meios para controlar, e intervir quando necessário, o estado das infraestruturas, é essencial enquanto assunto de interesse público.
Neste caso, é também o exemplo da tendencia para adiar as intervenções essenciais por motivos económicos.

Por na notícia acima haver uma referência a um descarrilamento de um comboio de mercadorias na Adémia, 4km a sul deste aluimento, junto o meu comentário na altura: 

http://fcsseratostenes.blogspot.com/2017/04/descarrilamento-na-ademia-em-1-de-abril.html

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