Por me interessar pelo tema, li alguma coisa sobre o complexo de Hubris já tratado pelos antigos gregos para retratar alguns dos seus governantes mais autoritários. Sintomas do complexo de Hubris: falta de humildade, arrogancia, sentimento exagerado de auto-importancia, convicção de que se tem razão, presunção, falta de compreensão da realidade e criação de um mundo próprio para ser compatível com o sentimento de ter razão. https://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=hubris
Mais recentemente, Freud explicou alguma coisa, mas é mais sugestiva a interpretação de Murray e Fromm com a sua teoria das necessidades psicogénicas dos governantes, para quem governar com sobranceria é uma necessidade intrínseca como a alimentação, e que impede o paciente de aceitar evidencias que contrariem as convicções próprias. https://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=murray
A explicação do comportamento sobranceiro de um governante, especialmente se não se sentiu realizado exercendo uma profissão, será como a de um menino teimoso. Murray e Fromm concordariam, a necessidade do menino poderoso se afirmar, certamente por insegurança no meio do seu grupo em que quer mandar e quer ver a rodeá-lo num círculo de proteção (aqui é Freud e as ligações do cordão umbilical).
Porém, o melhor esclarecimento da dissonância do governante que se auto-glorifica acima das realidades foi dado por Margaret Thatcher numa crítica que fez ao encenador de uma peça que retratava o comportamento menos próprio de Mozart, e que registos históricos confirmam. Thatcher, depois do espetáculo, invetivou o encenador explicando-lhe que Mozart era um homem superior que nunca se comportaria assim. E evidentemente que não respondeu depois ao envio para Downing Street de copiosa documentação sobre o tema que o encenador lhe enviou.
Inutil argumentar com tão sábios ignorantes. Mas não, não nos habituaremos.
Inteligentemente argumentada a idiossincrasia Costista.
ResponderEliminarÉ o trauma/cegueira da incompetência.
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