sábado, 12 de novembro de 2011

Mats Björsnsson, Agencia Nacional para a Educação da Suécia

Recomendo às senhoras ministras da educação dos governos anteriores e aos apoiantes das suas politicas de reformas, apresentadas como sendo imprescindíveis, e igualmente ao atual ministério da educação, a ponderação do testemunho que Mats Björsnsson apresentou em conferencia na Gulbenkian.
A Suécia introduziu a liberdade de escolha entre escolas públicas e privadas na Suécia nos anos 90.
O risco de segregação social aumentou e, curiosamente, os resultados do PISA pioraram.
Ganhou-se diversidade e liberdade de definição dos curriculos, possibilitou-se o aparecimento e o desenvolvimento de alunos excecionais que não são prejudicados pelo ritmo mais lento dos normais, mas em termos médios os resultados pioraram.
De notar que na Finlandia a critica principal que é feita é a uniformização e falta de diversidade, é o nivelamento pela média. Mas os resultados do PISA são superiores aos da Suécia.
Curiosa, esta problemática.
Curioso como ela reflete as grandes ideologias: a neo-liberal, estimulando o elitismo, de acordo com as melhores leis da selva, e a do estado assistencial, preocupado com a educação das massas, sujeitando-se a que os melhores não se elevem tanto acima da média.
Possivelmente, mais vale numa auto-estrada com tráfego elevado ter uma velocidade média modesta com pouca dispersão, do que ter uns grandes condutores a deslocarem-se a velocidades excessivas e a ultrapassar tudo e todos.
É por isso que este blogue não gosta dos artigos a exaltar os portugueses de sucesso.
Mais vale os portugueses normais, a trabalhar modestamente mas com segurança, em grupo e com trabalho de equipa, com pouco desemprego e com portugueses normais a estudar e aplicar medidas de aumento de produção e de produtividade. 
A competitividade vem depois, também calmamente, de preferência de acordo com as leis da vantagem comparativa (ver David Ricardo).
Salvo melhor opinião, claro.

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