sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Serviço nacional de saúde

O dr José Correia, convidado pelo DN, publicou no jonal de 7 de novembro de 2011 o texto que podem ler em:
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=2104851&seccao=Convidados

Pelas propostas concretas que são feitas, porque o SNS, como diz o autor do artigo, foi feito com grande generosidade mas foi-se subvertendo ao longo dos anos (sobrecarga dos serviços de urgencia, abuso de exames complementares, p.ex), pareceria que deveria dar-se inicio a um debate alargado seguido de avaliação da viabilidade das propostas e seleção das que deveriam ser implementadas.
Mas não, segue-se o silencio nos meios de comunicação social.
Não se persegue o tema, não se atinge o objetivo, não se organiza a comunidade em função das necessidades e dos objetivos.
Dependemos dos iluminados que detêm o poder no ministério.
Isto é, fenecemos.
Assim, aplaudindo quem trabalha no SNS com espírito de serviço público, resumo as 5 propostas do dr José Correia:
1 - Liberdade de escolha - possibilidade de escolha por qualquer doente de qualquer médico; tabelas de preço de cada ato médico; taxa moderadora paga pelo doente, o resto pelo SNS. Obstáculo: interesses de classe
2 - Consultas domiciliárias  recuperação das visitas domiciliárias. Vantagem: redução dos internamentos
3 - Hospitais de proximidade - os gestores economicistas não compreendem a necessidade de um nivel intermédio de hospitais apoiados por municipios e misericórdias, apesar de, contabilizando os custos e os riscos do transporte, ser discutivel a vantagem económica da concentração.
4 - Medicamentos - Limitar a 3 genéricos por fármaco, fornecidos por concurso público internacional com validação pelo Infarmed
5 - Obrigatoriedade da unidose

Estas coisas deviam ser discutidas sem secretismos em debates alargados, com a participação dos orgãos ministeriais, dos profissionais e representantes de todas as sensibilidades politicas, formados grupos na especialidade e reunidas e coordenadas as conclusões para implementação.
São conhecidas as técnicas de gestão e resolução de problemas nas empresas, mas para a coisa pública a inércia é grande, e os interesses de classe também, e não me refiro aos que menor poder de decisão têm.

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