Depois de brilhantes explicações sobre o sucesso da privatização da Ana e do seu novo processo regulatório integrado, envolto em raciocínios que não entendi, o senhor presidente do conselho de administração (quem haverá de gabar a noiva?) fez-se rogado mas explicou que a proposta de utilização da base aérea do Montijo se destina às companhias low-cost, cujo negócio principal é o destino Lisboa, e que a ligação à cidade seria por via fluvial.
Tudo se pode fazer, mas é uma pena, para além do pouco comprimento das pistas, regredir-se com travessia fluvial, depois de se ter conseguido substituir a ligação fluvial Barreiro-Lisboa.
Claro que não há dinheiro para a 3ªtravessia, ferroviária (já que o governo não quer ou não tem capacidade para entender a necessidade, recorrer aos fundos comunitários), mas são duas ineficiencias graves: o comprimento das pistas (agravada pela partilha com o tráfego militar e pela proximidade da ponte Vasco da Gama e do projeto da 3ªtravessia) e a ligação fluvial (penosa após uma viagem aérea). E contudo, pareceria ser do interesse da Ana que as ligações ferroviárias de alta velocidade Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto, de maior eficiencia energética do que as ligações aéreas, libertassem espaço nos aeroportos para outras ligações . Mas enfim, dependemos destes sábios.
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