Sentado numa esplanada da avenida Julio Dinis vejo o edificio central do Campo Pequeno. Cortando a minha linha de visão, a ciclovia da avenida da República.
São 11:45 do dia 8 de fevereiro de 2019.
Até às 12:00 passaram por ela, nos dois sentidos (principalmente no sentido Norte-Sul) 10 ciclistas e 3 trotinetes). Apenas um utilizador usava capacete de segurança. Não vi exemplos de excesso de velocidade ou de condução perigosa.
Admitindo que cada utilizador ocupou o meu campo de visão durante 10 segundos, temos que a ciclovia esteve desocupada cerca de 13 minutos.
É evidente que não era uma hora de muita procura, mas é curioso lembrar o que já se escreveu sobre as autoestradas vazias. Por exemplo a A8, em que existem períodos de grande procura.
No caso da ciclovia da avenida da República, existem também períodos de grande procura, que aliás induzem situações de grande risco para os peões, nomeadamente quando atravessam a ciclovia para apanhar um autocarro, apessar de junto das paragens de autocarro a ciclovia ser interrompida por passadeiras e existirem sinais de perda de prioridade para os velocípedes.
Eu gostaria de sugerir à EMEL e à CML, apesar do seu comportamento de superior desinteresse em discutir as questões com cidadãos com outras opiniões (bem patente quando olimpicamente desobrigaram o uso do capacete), que fizesse inquéritos de mobilidade sobre a utilização das ciclovias, quanto mais não fosse para relacionar os custos de construção e de operação (incluindo custos dos acidentes) com a percentagem da população utilizadora.
E que alterassem a sua posição sobre o uso do capacete, mesmo sem voltar a reunir com o senhor secretário de Estado da Administração Interna.
E que melhorassem a segurança dos peões que têm de atravessar a ciclovia, instalando placas de limitação de velocidade e assinalando melhor as travessias.
Para que não se verifique aquela lei da selva, que só os melhor dotados (capacidade de deteção e reação a ameaças) sobrevivam.
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