segunda-feira, 30 de março de 2020

Consulta pública "Aprofundamento da barra e canal de acesso do porto da Figueira da Foz"

https://participa.pt/pt/consulta/aprofundamento-da-barra-canal-de-acesso-e-bacia-de-manobras-do-porto-da-ffoz

Meu comentário, sugerindo acrescento de duas recomendações para independente e posterior desenvolvimento dos projetos de prolongamento do molhe norte e da reabilitação do ramal ferroviário de Cantanhede para ligação à linha da Beira Alta.:





O presente projeto parece constituir uma ação muito válida de promoção da atividade comercial, industrial  e portuária na região da Figueira da Foz e os seus intervenientes fizeram um bom trabalho.

Não deverá portanto ser atrasado.

No entanto, sob reserva de me ter escapado alguma informação, os relatórios são omissos em relação à influencia negativa do molhe norte para as entradas e saídas de embarcações de pesca quando a ondulação está de oeste ou noroeste e é gerada uma rebentação provocada pela restinga (batimétrica 5 a 7 metros) a sul da cabeça do molhe.

Dado que é feita uma referencia ao naufrágio do Jesus dos Navegantes em 2013  apenas como informação oral de pescadores, julgo que o relatório deveria ter aprofundado as causas do naufrágio para eventual produção de recomendações para o futuro. Junto uma ligação com elementos sobre o naufrágio:

É verdade que as dragagens e a redução da altura da restinga reduzirão a altura das ondas de rebentação de orientação oeste ou noroeste, mas isso não foi quantificado em modelação comparando a situação atual e a pós intervenção como o foi para a hidrodinâmica sedimentar no ponto 4.2 do Relatório Síntese (notar porém aparente contradição entre a representação da restinga na figura 4.14 do Relatório Síntese e a figura 4.61 do anexo 5.6 do Aditamento, parecendo a representação do assoreamento mais correta nesta) .

Tratando-se de uma questão que põe em risco vidas de pescadores, penso que, para não atrasar o inicio das dragagens, se deveria ao menos produzir recomendações para uma solução mais eficaz, que se julga ser o prolongamento do molhe norte para, pelo menos, a batimétrica de 15 ou 20 metros, de modo a reduzir a altura das ondas de rebentação com ondulação de oeste ou noroeste.

Embora as obras desse prolongamento sejam onerosas, são suscetíveis de cofinanciamento comunitário e deverão ser incluídas na programação do CSOP para o PNI 2030.

Igual procedimento se julga curial relativamente à necessidade de desenvolver a capacidade ferroviária conforme evocado na referencia ao PED da Figueira da Foz, ponto 4.10.4.3, mas numa visão mais realista, recomendando a reabilitação do ramal de Cantanhede para ligação à linha da Beira Alta evitando a linha do Norte por Alfarelos. Tambem aqui poderá haver cofinanciamento comunitário se convenientemente elaborados os respetivos projetos.

São as sugestões que vos deixo.

Com os melhores cumprimentos



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