segunda-feira, 13 de maio de 2013

O desacerto social um ano depois


Em termos de interpretação da realidade pelas elites decisoras, ou melhor, em termos do que as elites decisoras querem que a população entenda, estamos mais ou menos no mesmo ponto de Janeiro de 2012:

Cortam pois nas pensões também abaixo de 3 salários mínimos, que é apenas uma parte do bolo global do rendimento nacional.
Problema de matemática dos primeiros anos do ensino da matemática, a compreensão do conceito de percentagem.
Se cortar é preciso, deve-se cortar na fatia que contribuir com a maior percentagem para o rendimento nacional, não nas fatias de menor contribuição.
Talvez que o senhor ministro Crato possa explicar isto aos colegas decisores, e de caminho explicava o conceito de quociente, que aumentar o número de horas de trabalho, isto é, um fator de produção que está no denominador do quociente produtividade (em que no numerador está o volume da produção), diminui a produtividade com elevado grau de probabilidade (porque o crescimento da produção vai ser inferior ao crescimento das horas de trabalho).

Podia ainda, por exemplo, para não ter de se cortar em pensões, aplicar-se a taxa sobre as transações financeiras. Arranjavam-se assim os tais 400 milhões.
O senhor ministro das finanças até tinha prometido que ia pensar nela, embora isso fosse antes daquele retumbante sucesso do regresso aos mercados e do contínuo crescimento da dívida enquanto a taxa de juro for superior à taxa de crescimento do PIB (outra vez o conceito do quociente a estragar tudo).

Assim vamos, seguindo a ideia do senhor muito poupadinho que cortou na ração do cavalo.

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