Se abstrairmos do aspeto desagradável de amiguismo e de favorecimento dos mais fortes ou dos mais íntimos (a ideia de comprar publicidade para ajudar a imprensa e a radio/TV até parece razoável, mas a distorção choca, por mais que digam que é em função "das audiencias"), temos aqui, como diria o dr Spock da Star Trek, um caso "fascinante".
Vou generalizar comparando com as verbas para transporte nas áreas metropolitanas relativamente ao interior do país e invocando a lei de Fermat-Weber: num sistema abandonado à sua sorte, os elementos de maior capacidade atrativa cada vez atrairão mais os fatores de fortalecimento e portanto cada vez serão mais fortes relativamente aos elementos mais fracos.
Este é tambem o argumento do ministro do Ambiente e do presidente da CML para defender a linha circular do metropolitano: investir nas zonas de maior afluencia de passageiros, para que afluam ainda mais, em vez de corrigirem as assimetrias servindo zonas da cidade que atualmente não têm metro.
Este é tambem o argumento do ministro do Ambiente e do presidente da CML para defender a linha circular do metropolitano: investir nas zonas de maior afluencia de passageiros, para que afluam ainda mais, em vez de corrigirem as assimetrias servindo zonas da cidade que atualmente não têm metro.
Na minha humilde opinião e ainda mais humilde hipótese, no caso dos investimentos em transportes o critério de atribuição de verbas deverá partir do PIB e postular 1% do PiB para gastos anuais com investimentos em infraestruturas de transportes, não considerando os gastos de operação e da manutenção normal (paises ricos podem ir aos 2% ; a ideia é adaptada do prof Marvão Pereira).
Considerando que a AML contribui entre 35 a 40% para o PIB, mas que deverá introduzir-se um fator de correção das assimetrias e do efeito de reforço das assimetrias da lei de Fermat Weber, teriamos para investimentos em transportes na AML por ano : 0,01 PIB x 0,35 x 0,5 = 0,175 x 0,01 PIB ~ 350 M€ por ano em investimentos em infraestruturas de transporte na AML.
Transpondo para a imprensa e radio/TV talvez se pudesse fazer uma tabela de fatores de correção, para distribuição equilibrada dos 15 milhões, mas confesso que não estou dentro do assunto.
Artigo de Liliana Borges no Publico:
Decreto publicado no Diario da Republica:
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