Em memória das vítimas e que os feridos recuperem.
Aparentemente, com base na informação disponível, a agulha estaria na posição desviada sem que estivesse detetada pelo interlocking (parece muito pouco provável que o interlocking tenha manobrado a agulha com o comboio em aproximação para a posição errada). A agulha estar ou colocar-se na posição errada poderia acontecer ou por intervenção manual desde que o interlocking não estivesse a detetar e controlar a posição da agulha, ou se após uma intervenção de manutenção não tivessem sido repostas as ligações para essa deteção (subsistindo a dúvida como é que a agulha possa ter sido manobrada a partir do posto de controle junto da estação, isto é, estar fora do controle do interlocking, o que só seria possível se se simulassem os circuitos de via como desocupados) e se o operador se tivesse esquecido de ter deixado a agulha na posição desviada ou se a representação no painel estivesse errada. Isto é, após a manutenção não terão sido efetuados os necessários ensaios de comprovação devido à pressão da reabertura da exploração.
Destaco que é uma hipótese não
confirmada, semelhante ao que aconteceu em Itália em Livraga/Lodi em fevereiro de 2020 - desligação das
informações para o ATP que deviam vir do aparelho de mudança de via de ponta, o qual foi deixado na posição errada após trabalhos noturnos de manutenção :
https://www.railwaygazette.com/high-speed/frecciarossa-1000-derails-at-high-speed/55737.article
Para além da manutenção dos equipamentos de via, é essencial
, após intervenções no interlocking, efetuar ensaios de comprovação com todos
os itinerários. Em linhas de tráfego intenso ou de alta velocidade não deverá
haver agulhas de ponta (recorda-se o acidente de Bretigny https://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=bretigny
).
Em qualquer caso, conviria evitar a apreciação xenófoba e
supremacista de que a Índia é um país desatento na segurança da sua ferrovia.
Especialmente depois do que aconteceu na
Grécia e, conforme a descrição dos acidentes de Livraga e de Bretigny, em Itália e em França.
vídeo explicativo: https://www.youtube.com/watch?v=l9RQ2zNpI-Q
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