segunda-feira, 11 de março de 2019

Relações económicas com a China, a propósito de um artigo de Francisco de Assis


https://www.publico.pt/2019/03/07/mundo/opiniao/concorrencia-intraeuropeia-versus-competitividade-mundial-1864417

Este tema trazido pelo Francisco Assis é para mim de muito elevada importancia, mas não gostei do artigo. 
Pareceu-me insinuando medidas protecionistas.
É verdade que os USA apesar do seu liberalismo, as utilizam em grande escala, apesar dos acordos internacionais de comércio.
Nós sabemos os males para nós de haver uma fusão Siemens-Alsthom que não devem ser branqueados com a ameaça da China. Quem souber um pouco de história sabe que os chineses tèm uma paciencia quase infinita para aturar uns ocidentais que só lhes fizeram mal desde o século XIX, ver a guerra do ópio até que o próprio Nixon reconheceu que era um grande disparate hostilizá-los (1972).. Neste aspeto, pareceu-me mais sensata a declaração do Antonio Costa de que n ão deveria haver barreiras protecionistas contr a China (por exemplo, a China podia construir-nos portos em Sines e em Lisboa, no Bugio e ficar com as concessões, nem que fosse por 50 anos). Claro q ue há riscos, por exemplo pedir a extensão da rota da seda até Sines tem o risco de aumentar as importações, mas tambem tem o beneficio de aumentar as exportações. No fundo é o nosso tema da interoperabilidade. 
Neste tema penso que sintetisei o que penso no email que enviei aos deputados do PCP criticando-os por estarem a defender protecionismos com a politica da IP e da Medway. Como lá escrevi, não há incompatibilidade entre David Ricardo e Karl Marx desde que se respeitem as regras do comércio internacional.
Quanto às empresas europeias e à competição com a ferrovia chinesa, não vejo o problema. Em vez de batermos todos palmas ao crescimento do transporte aéreo e do transporte individual  é fazer como na China, investimento massivo na ferrovia (a menos que queirm proteger os tais lobis das transportadoras aéreas e dos fabricantes de automóveis e dos importadores de petróleo e gás). Além do mais, não é preciso a Siemens e a Alsthom fundirem-se, façam acordos de desenvolvimento e inovação e transfiram tecnologia para os paises periféricos para que, se o preço de compra não puder ser mais baixo que o chinês, que a manutenção possa ser feita nos tais paises periféricos a preços mais baixos que os chineses. Entendam-se uns com os outros sem quererem supremacias e lucros a tout prix, e deixem de se sentirem superiores aos chineses.

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