sábado, 8 de dezembro de 2012

O governo quer acabar com os cartões de desconto?



Este blogue sentiu-se importante, coisa que não devia, mas sentiu-se, ao ler a notícia, porque  até parece que o governo o leu e decidiu agir depois de o ler.
Afinal, vozes de burro podem chegar aos céus.
Claro que os preclaros governantes não iriam fazer exatamente o que este humilde blogue escreveu, mas precisamente o contrário.
Foi o caso.
Claro que não foi exatamente assim, este blogue não é nada importante e o governo não o leu.
Se o blogue fosse lido pelo governo, então escreveria que sim, sim, o governo deve insistir na mesma receita, deve continuar a aplicar a austeridade cada vez maior e limitar as hipóteses de crescimento e aumento da produção e da procura interna, que não é nada loucura, como dizia Einstein, fazer muitas vezes a mesma coisa à espera que por fim aconteça uma coisa diferente.
Para que o governo fizesse o contrário do que o blogue escrevia.
Mas vamos ao tema.
Lembrou-se então o governo de mandar estudar uma proposta de lei (fica bem, a humildade ao governo; não é capaz de fazer propostas de lei, manda fazer) para interditar o uso de cartões de desconto nos supermercados e do sistema de milhas da TAP.
Que estranho queixarem-se os senhores governantes que o Estado não é mínimo  e a quererem que o Estado intervenha nas campanhas de marketing das empresas e impeçam o  yeld management.
Não sei se os cartões Lisboa Viva do metropolitano estarão a salvo.
Agora é que o governo vai evitar a repetição de qualquer experiencia de Worgl (emissão de vales equivalentes a dinheiro para circulação interna).
Os pobres dos dirigentes de associações empresariais já se queixaram que será mais um fator de diminuição da procura interna,
São fundamentalistas, ou então foram vitimas de algum alcaloide alucinogeneo.
Não merecem respeito que eu escreva doutro modo.

PS em 9 de dezembro - talvez que a sanha contra os cheques tenha a mesma origem; no fundo um cheque é uma emissão de moeda que até pode circular se for endossado, parece-me. Mas é pena, não serem mais utilizados.

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