segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Oficina Agricola do Centro de Apoio a Deficientes do Alto Tamega

A noticia convida a acreditar na espécie humana.
O Instituto de Empreendedorismo Social (instituição sem fins lucrativos; principais membros: Fundação EDP e Santander Totta) premiou a Oficina Agricola de Apoio a Deficientes do Alto Tamega (terrenos da Camara Municipal de Boticas; gestão da Misericórdia de Boticas).
Ver em:
http://diarioatual.com/?p=8929

A Oficina Agricola permite a um grupo de 11 deficientes ligeiros produzir agricultura biológica.
Não apenas na região mas em todo o país, existem exemplos de iniciativas semelhantes.
A minha duvida é a mesma  de John Steinbeck nas Vinhas da Ira, em plena recessão de 1929.
Por que não há mais casos destes? e por que não é maior o apoio oficial (tantos jovens especialistas de serviço social  podiam fornecer a mão de obra de apoio).
Possível resposta à questão dois: com a diretiva de "menos Estado"e de redução das despesas públicas,  com o nível de endividamento e com os maus exemplos das entidades públicas que falham nos seus resultados, nenhuma entidade oficial toma a iniciativa.
E assim ficam por esse país fora hectares e hectares de terra que podiam ser trabalhados por pessoas com deficiência.
Claro que há sempre o risco de acusação de trabalho escravo.
Mas assim como estamos, numa sociedade que não põe a render aquilo de que dispõe porque não quer ou não pode investir, parece-me de maior risco.

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