1 - a demolição da vivenda Aleluia em Aveiro
Levantou-se um clamor contra a demolição. Também estou de acordo com a incorreção do processo que levou à demolição, criticando o proprietário e a câmara, por não ter classificado o imóvel. Na minha vida particular tive um caso parecido, tendo optado por vender o prédio antes da elaboração de um projeto imobiliário, no estado em que se encontrava.
Neste caso, conforme a notícia do Notícias de Aveiro, os azulejos foram entregues à câmara municipal. Ainda funcionando a fábrica Aleluia, https://aleluia.pt/?gad=1&gclid=CjwKCAjwvfmoBhAwEiwAG2tqzEJNKRRS4K5zvJhDFjOEu1eT-6Bwd4m1cRK_wR4CIbG-69PrI6cp9hoCR0IQAvD_BwE
uma boa solução poderia ser a câmara renegociar o projeto aprovado e substitui-lo por um novo projeto com elementos evocativos da vivenda e com instalação dos azulejos em local visível e visitável sem condicionamentos pelos cidadãos.
vista aérea |
2 - a urbanização da Quinta dos Ingleses em Carcavelos
Parecendo irreversível a destruição da Quinta dos Ingleses (ao menos que se reservasse dos 40 hectares uma pequena área para a construção e o restante fosse "municipalizado" ao dispor dos cidadãos), nos dois casos, em Aveiro e em Carcavelos, terá sido invocada a insustentabilidade dos proprietários na manutenção das propriedades (num caso a manutenção da vivenda, no outro a limpeza e cuidados dos terrenos). Donde se concluirá que são as próprias leis que obrigam a gastos incomportáveis que levam os proprietários a entregar à fúria imobiliária as suas propriedades, isto é, ao mercado.
É curioso as pessoas protestarem, mas não protestam contra as leis do mercado e dos seus reguladores, muito menos contra a estrutura da propriedade dos modos de produção. Mas quem sou eu para alterar este estado de coisas.
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