quinta-feira, 5 de outubro de 2023

De Aveiro a Carcavelos

 

1 - a demolição da vivenda Aleluia em Aveiro

https://www.noticiasdeaveiro.pt/pcp-prepara-entrega-dos-azulejos-da-vivenda-aleluia-ao-municipio-de-aveiro/

Levantou-se um clamor contra a demolição. Também estou de acordo com a incorreção do processo que levou à demolição, criticando o proprietário e a câmara, por não ter classificado o imóvel. Na minha vida particular tive um caso parecido, tendo optado por vender o prédio antes da elaboração de um projeto imobiliário, no estado em que se encontrava.

Neste caso, conforme a notícia do Notícias de Aveiro, os azulejos foram entregues à câmara municipal. Ainda funcionando a fábrica Aleluia,  https://aleluia.pt/?gad=1&gclid=CjwKCAjwvfmoBhAwEiwAG2tqzEJNKRRS4K5zvJhDFjOEu1eT-6Bwd4m1cRK_wR4CIbG-69PrI6cp9hoCR0IQAvD_BwE

uma boa solução poderia ser a câmara renegociar o projeto aprovado e substitui-lo por um novo projeto com elementos evocativos da vivenda e com instalação dos azulejos em local visível e visitável sem condicionamentos pelos cidadãos.


vista frontal, entre dois prédios de 7 sndares
vista das traseiras


vista do parque de estacionamento Senhora dos Aflitos, nas traseiras

vista aérea

2 - a urbanização da Quinta dos Ingleses em Carcavelos


https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/quinta-dos-ingleses-%C3%BAltimo-espa%C3%A7o-verde-junto-ao-mar-em-cascais-em-risco/vi-AA1hHvkO?ocid=mailsignout&pc=U591&cvid=b2ba70ba63464d15b86ddbf46be8b565&ei=78


https://www.rtp.pt/noticias/pais/quinta-dos-ingleses-ultimo-espaco-verde-junto-ao-mar-em-cascais-em-risco_v1518665?utm_term=Panorama+5+dh%3F%3F%3F%3F%3F%3F+Lisboa+em+resumo&utm_campaign=LPP+Subscritores&utm_source=e-goi&utm_medium=email&eg_sub=558a907afb&eg_cam=ced70b3c9f6af90b72e204ce88e69096&eg_list=7


Parecendo irreversível a destruição da Quinta dos Ingleses (ao menos que se reservasse dos 40 hectares uma pequena área para a construção e o restante fosse "municipalizado" ao dispor dos cidadãos), nos dois casos, em Aveiro e em Carcavelos, terá sido invocada a insustentabilidade dos proprietários na manutenção das propriedades (num caso a manutenção da vivenda, no outro a limpeza e cuidados dos terrenos). Donde se concluirá que são as próprias leis que obrigam a gastos incomportáveis que levam os proprietários a entregar à fúria imobiliária as suas propriedades, isto é, ao mercado. 

É curioso as pessoas protestarem, mas não protestam contra as leis do mercado e dos seus reguladores, muito menos contra a estrutura da propriedade dos modos de produção. Mas quem sou eu para alterar este estado de coisas.




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