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Talvez para compensar a inércia dos anteriores governos e do próprio XXI governo até aqui no planeamento do desenvolvimento de infraestruturas de transporte e energia com fundos comunitáros (anteriormente desviados mais para a qualificação e pequenas e médias empresas), este governo lançou uma campanha para debate do que decidir até 2030.
Pessoalmente tenho sempre dificuldade em acreditar neste tipo de iniciativas. Seria demasiado bom que um governo compreendesse, ou pudesse dinamizar um debate alargado e informado, e desse atenção às sugestões que fosse recebendo.
Mas devemos dar o benefício da dúvida, apesar das provas de secretismo que até agora o XXI governo tem dado.
Por isso enviei o seguinte contributo, quatro sugestões de desenvolvimento dos projetos de infraestruturas para submissão a fundos comunitários. São todos suscetíveis de financiamento comunitário, além de terem elevado impacto no PIB através dos multiplicadores macroeconómicos :
1 – água/dessalinizadores e vaporizadores
1.1
– dessalinização
Embora
Portugal tenha boas reservas de água no subsolo e possibilidade de melhorar e
expandir a sua rede de barragens, para combater a falta de água poderão
instalar-se dessalinizadores na costa portuguesa para produção de água potável
a partir da água do mar. Ver:
1.2
– vaporizadores
Para combater a seca, poderão instalar-se vaporizadores acoplados às
instalações de dessalinização junto da costa. A injeção de vapor na atmosfera
permitirá a formação de nuvens e consequente chuva
2
– interligações elétricas
Para otimizar a produção de energia elétrica a partir dos parques eólicos
e fotovoltaicos e reduzir o preço do kWh para os cidadãos, desenvolver as
interligações elétricas através de cabos submarinos de muito alta tensão DC não
só para Marrocos como também através do golfo da Biscaia para França. Ver:
3
– expansão da rede do metro de Lisboa
A
principal fundamentação da expansão da rede de metropolitano é o menor consumo
de energia específica e a menor emissão de gases com efeito de estufa por
passageiro.km quando comparado com o transporte individual ou rodoviário. Ter
em atenção que a área metropolitana de Lisboa contribui para o PIB com perto de
40% e que o transporte para o local de trabalho é um fator de produção, pelo
que por razões económicas é urgente reduzir o tráfego individual e rodoviário
transferindo-o para o ferroviário. Os
traçados deverão ser escolhidos mediante comparação entre várias alternativas,
com análises de custos benefícios e numa perspetiva integrada na área
metropolitana e complementada por outros modos de transporte. Ver:
4
– corredores internacionais ferroviários com
bitola europeia
As orientações da UE, nomeadamente através dos regulamentos 1315 e
1316/2013 e da auditoria do Tribunal de Contas Europeu de 2016 ao transporte
ferroviário de mercadorias são no sentido de até 2030 estarem a funcionar
corredores internacionais de tráfego misto segundo os standards da
interoperabilidade, incluindo a bitola UIC. Propõe-se portanto um debate
urgente, alargado e informado de modo a uma rápida elaboração dos projetos para
a construção faseada de novas linhas de bitola UIC.
Ver:
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