sexta-feira, 27 de junho de 2025

Acidentes em passagens de nível: Alpedrinha 19 de junho de 2025, Alverca em 26 de junho de 2025

 

Alpedrinha: 

https://www.jn.pt/7504270058/configuracao-da-estrada-tera-levado-camiao-a-parar-na-passagem-de-nivel-no-fundao/

sentido do camião atingido vindo de Alpedrinha, curva e rampa (desnível de cerca de 7m)

sentido para Alpedrinha

distancia de travagem para um comboio a 90km/h cerca de 600m, distancia que percorre a essa velocidade em 24s; tempo de travagem para desaceleração de 0,5m/s2 e velocidade inicial de 90km/h até à imobilização cerca de 50s

Se está correta a informação do GPIAAF, as barreiras baixaram 19 segundos antes da colisão ou 11 segundos após o aviso de aproximação do comboio, eventualmente simultaneo com o inicio do atravessamento da via pelo camião; são tempos muito curtos que não admitem um atravessamento lento ou avaria sobre as linhas

Meu comentário:
Este acidente é idêntico ao ocorrido na PN de Peso em Vale de Santarem, na sequencia do qual foi simplesmente eliminada a PN.
Apoio firmemente a posição do GPIAAF . Provavelmente não terá meios suficientes pelas limitações orcamentais e duvido que tenham sido preservadas condições no local e nos instantes imediatamente a seguir ao acidente. Não existe infelizmente uma cultura de segurança em que as pessoas ee sintam envolvidas. Vou enviar-poroutro email um pequeno comentario com fotografias do local. Em recente intervenção na linha da Beira Baixa julgo que houve mexidas noutras PN mas aqui não. Sei que a IP tem graves limitações orcamentais e que existe um plano de eliminação ou correcção de PNs.   Mas critico a inoperancia na escolha de investimentos imprescindiveis como este e na preparação e desenvolvimento de candidaturas aos PRR e aos fundos comunitarios. É para mim um exemplo dessa falta de cultura da seguranca. Vendo as fotos do local a conclusao e  simples. Esta PN tem de ser substituida por um desnivelamento eventualmente deslocalizando a passagem devido à atual diferenca de cotas entre os trocos de estrada adjacentes (que são,  de forma inaceitável,  paralelos à  via ferrea)..
Outro exemplo é  a sistematica invocação do trespassing, que efetivamente é  crime, mas a pena capital já foi abolida há  uns anos. Sistematicamente a IP e o metro desculpam-se com suicidios, mas nem sequer as "autoridades"foram capazes de pôr  a funcionar a linha anti suicidio 1411. E já me aconteceu ver recusado um trabalho meu num seminario porque acharam a abordagem muito critica.
Um aplauso para o JN pela oportunidade de publicação do artigo .
O acidente de Alverca/Adarse , idêntico aos ocorridos em Poço Barreto/Silves e em Carapeços/Barcelos, apenas vem confirmar o risco (conjugaçãoda probabilidade e gravidade das consequencias).







Alverca/Adarse:

https://omirante.pt/sociedade/2025-06-26-um-morto-em-acidente-na-passagem-de-nivel-de-alverca-a9652478

Passagem de nivel de Alverca/Adarse. Não é aceitável uma passagem de nível numa linha interurbana e suburbana apesar do acidente ter ocorrido muito provavelmente por trespassing; a cerca de 2km para norte existe outra PN

travessia da linha abandonada a cerca de 500m da pPN de Adarse; o tráfego e a infraestrutura deveriam estar totalmente segregados como nas auto estradas

vista aérea da PN de Alverca/Adarse


Embora o acidente de Alverca/Adarse tenha muito provavelmente ocorrido por trespassing, não é viável a existenccia de PNs em linhas de tráfego intenso como a linha do Norte. O facto de se dizer que a sua substituição por passagen desnivelada não é tranquilizante  dados os arasos previsíveis. Não possível garantir a segurança para a intensidade do tráfego e para as velocidades praticadas (200 km/h). É essencial segregar o tráfego ferroviário.
















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