sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Liberdade e mobilidade

 

Os paineis publicitários nasruas de Lisboa mostram uma campanha de promoção de segurança na mobilidade

https://www.lisboa.pt/liberdade-responsavel

São mostradas imagens de 2 pessoas numa trotineta ou numa bicicleta seguindo-se a retirada de uma delas por manipulação das imagens, pretendendo-se transmitir a mensagem que por razões de segurança só deve haver um utilizador de cada vez. Porém, o que o subconsciente regista é a imagem que gera prazer, e essa é a de 2 pessoas abraçadas na trotineta ou bicicleta. Isto é, a campanha tem o efeito exatamente oposto ao que pretendia, divulgando a perceção de que é engraçado andar em duo.

A observação nas zonas de proximidade de escolas secundárias, à hora de almoço, confirma. Grande número de jovens utilizando trotinetas e bicicletas com a agravante de muitos deles violarem sistematicamente as regras do Código da Estrada (circulação em contramão, ultrapassagem de semáforos vermelhos, circulação nas passadeiras de peões e nos passeios) e muitos outros circularem dois por trotineta ou bicicleta (neste caso é vulgar o passageiro estar deitado sobre o guiador no sentido do movimento.

Não se vê qualquer tipo de fiscalização. O retorno que existe (informações dos hospitais sobre receção de vítimas de acidentes) não é investigado com rigor (as estatísticas são publicadas pela ANSR com atraso sem discriminação por tipo de veículo e cidade) e não é divulgado. Isso significa que há uma aprovação tácita para a manutenção do estado de coisas, validada por exemplo pela proibição em dezembro de 2018 à PSP do então secretário de Estado da Administração Interna de aplicar multas a utilizadores de trotinetas e bicicletas sem capacete de segurança, eliminando do Código da Estrada as alíneas que os obrigavam ao seu cumprimento. A justificação dada foi a de não querer prejudicar o negócio das empresas de partilha de trotinetas e bicicletas.

Lamentavelmente, os sucessivos governos mantiveram esta atitude de complacência com a falta de segurança, tornando-se assim cúmplices enquanto causa dos acidentes. 

Repetindo que não se fazem estimativas com rigor, com base nos dados tornados públicos (10.000 viagens diárias de 5km) estimei com base no relatório da PSP de maio de 2025  a probabilidade de ocorrencia de acidente com velocípedes/trotinetas em100 acidentes por milhão de km percorridos (ou 1 acidente por 10.000km ou 5 acidentes por dia):                   https://fcsseratostenes.blogspot.com/2025/05/relatorio-de-sinistralidade-de.html

É inadmissível não haver fiscalização.


Parecer sobre a avaliação ambiental do PMMUS

 

Relatório para consulta pública do PMMUS em julho de 2025:

https://participa.pt/pt/consulta/aae-do-pmmus


Parecer que enviei sobre o Relatorio da Avaliação Ambiental e PMMUS

 

O presente parecer é uma discordância principalmente  porque, pelo menos nesta fase, não estão ainda definidos os corredores principais de transportes públicos em sítio próprio na AML , não foram seguidos os requisitos do regulamento 1679/2024 nos seus artigos 40 a 42 e Anexos II e V relativos aos nós urbanos e linhas de orientação para elaboração dos SUMP, não é clara a satisfação dos objetivos do PROTAML 2002 (ainda em vigor apesar da tentativa de revisão de 2008), não tem sido suficientemente alargada a participação cidadã na discussão sobre a mobilidade nomeadamente no relativo às linhas de Alta Velocidade, ás ligações de passageiros e de mercadorias ao NAL, às ligações ferroviárias suburbanas entre e nas duas margens.

Não se põe em causa a competência técnica dos colegas da TML , da consultora, IMT e  AIA na preparação do PMMUS e nos relatórios diagnóstico, estratégia  medidas, e avaliação ambiental. Mas considerando a experiência profissional no metropolitano de Lisboa no estudo dos investimentos das expansões e na coordenação da integração das disciplinas ferroviárias na construção civil e da preparação dos processos de homologação, não posso deixar de referir a discordância relativamente à situação atual em que o XXV Governo entregou á IP a definição dos corredores principais sem considerar os instrumentos jurídicos de ordenamento do território,  relativamente à abordagem feita aos corredores principais de TCSP (com informação em estudo), relativamente à crítica na pág.522 do RAAE que me parece infundada ao PROTAML (que não pretende negar nenhuma realidade mas apontar proposta para a sua correção).

Sobre o regulamento 1679 sublinho que os instrumentos jurídicos comunitários são vinculativos para os Estados membros e sobrepõem-se à legislação nacional, contrariamente à prática do XXV  Governo que com base nos critérios da IP se recusa a cumprir as prioridades expressas no regulamento insistindo nas medidas contrárias do PFN e do PNI2030 (reitero a referência aos arts 40 a 42, Anexos II e V no relativo à interação entre as infraestruturas dos nós urbanos e a rede transeuropeia TEN-T. Para além duma inconformidade jurídica, trata-se de um fator que dificulta o financiamento pela União Europeia.

Sobre os objetivos para o transporte metropolitano, critico a insistência na linha violeta em Loures/Odivelas, quando o correto seria o prolongamento da atual linha amarela (infelizmente já condenada a diluir-se numa linha circular longe do objetivo da ligação das periferias ao centro) até a um parque dissuasor no Hospital Beatriz Ângelo. De salientar que o troço Odivelas-Infantado deve fazer parte da linha circular externa prevista no PROTAML 2002 para LRT, mas não é essa a ideia do projeto da linha violeta. Igualmente se critica a proposta de metrobus  e mesmo de metro ligeiro em zonas em que não há condições à  superfície para sítio próprio (habitação densa). Relembra-se que em Bogotá se preferiu a solução metro pesado para ampliar a rede de TP originalmente dominada pelo metrobus. A solução metrobus, em igualdade de desenvolvimento tecnológico, é energeticamente pior do que a solução metro ferroviário, uma vez que a resistência ao movimento do pneu sobre o asfalto ou cimento é superior à resistência ao movimento do contacto roda-carril. Acresce que, para uma capacidade instalada de 1000 kWh de baterias num autocarro elétrico o peso das baterias e do equipamento de proteção é da ordem de 10 toneladas, cerca de 3 vezes o peso de um sistema de tração com a mesma capacidade de células de combustível/Hidrogénio.

O objetivo 2035 para o transporte pesado na AML não parece compatível com as datas requeridas pelo regulamento 1679, receando-se que os objetivos anunciados pelo XXV Governo sob a forma da sociedade Cidades Parque Tejo dificultem o projeto de uma rede equilibrada de TPSP ferroviário pesado, comprometendo os objetivos de melhoria do urbanismo da AML. Considerando a indefinição dos traçados de Alta Velocidade e das ligações ao NAL  , suburbanas e de mercadorias a fig.3-2 não parece portanto razoável. Apoia-se a referência aos modos complementares, mas receia-se a resistência a soluções verdadeiramente inovadoras como pistas reservadas a veículos autónomas a pedido, mas conflituando com as práticas urbanísticas e a preferência pelo modo automóvel e ciclovias. Por outro lado assiste-se à tentativa de municípios de imporem soluções como o metrobus ou o LRT (LIOS ?) em zonas de alta densidade urbanística que impedirá seguramente velocidades comerciais razoáveis, não desmobilizando o tráfego automóvel. Segundo as análises de custos benefícios adotadas na UE, deve contabilizar-se o tempo perdido pelos passageiros em modos de transporte de velocidade comercial reduzida (20€/h).

Finalmente, apela-se à melhoria do processo de participação cidadã, com realização de sessões descentralizadas abertas à população com divisão da assitencia em grupos e recolha das conclusões dos grupos por assistentes e subsequente integração das conclusões.

Apela-se ainda à maior proximidade com os requisitos do regulamento 1679 com o objetivo de facilitar a obtenção de financiamento comunitário.

 


domingo, 19 de outubro de 2025

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Medidas para redução de acidentes em passagens de nível

 




DL 77/2008
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/decreto-lei/77-2008-249571

Concurso público para substituição de PNs
https://sapo.pt/artigo/infraestruturas-de-portugal-lanca-concursos-publicos-para-a-supressao-de-dez-passagens-de-nivel-na-regiao-68e51bfa68282aa2dd09852c

Plano da IP de 2024 pararedução sinistralidade PN
https://www.infraestruturasdeportugal.pt/sites/default/files/2025-04/Plano%20Reducao%20Sinistralidade%20PN%20-%202024%20-%202030.pdf

Processo de infração a Portugal INFR(2020)2092 por incumprimento da regulamentação comunitária de segurança ferroviária

 


 



https://fcsseratostenes.blogspot.com/2020/05/processo-de-infracao-de-bruxelas.html

Diretiva 2004/49/EC
https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=celex:32004L0049

https://transport.ec.europa.eu/news-events/infringements-proceedings_en

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2023/11/elevada-taxa-de-mortalidade-na-ferrovia.html 


https://fcsseratostenes.blogspot.com/2025/10/acidentes-de-alfarelos-2013-e-ademia.html

Maio de 2020, ponto 8. Rail Transport:
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/inf_20_859

Novembro 2023, ponto 5.Rail Transport. Reasoned opinion :
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/inf_23_5380

Diretiva 2016/798:
https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=CELEX%3A32016L0798 este regulamento não é obrigatório para metros e tramways mas o seu art.1 determina que nada impede um Estado membro de o aplicar a esses modos

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Acidentes em Pardubice na República Checa em jun2024 e em Wales em nov2024

Pardubice, junho de 2024

https://observador.pt/2024/06/05/colisao-de-comboios-na-republica-checa-faz-pelo-menos-quatro-mortos-e-dezenas-de-feridos/

https://www.railvolution.net/news/tragic-accident-in-pardubice

UK/Wales, novembro de 2024

https://www.theguardian.com/uk-news/2024/nov/05/cause-of-fatal-train-crash-in-wales-revealed 

https://en.wikipedia.org/wiki/2024_Talerddig_train_collision

Acidentes de Alfarelos (2013) e Ademia (2017). 19 vítimas mortais em PN em 2019

 


Acidentes de  Alfarelos e Ademia. 19 vítimas mortais em PN em 2019 

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2013/01/declaracao-de-interesses-o-comentario.html

[1] https://fcsseratostenes.blogspot.com/2017/04/descarrilamento-na-ademia-em-1-de-abril.html

[1]  https://fcsseratostenes.blogspot.com/2024/07/sobre-passagens-de-https://fcsseratostenes.blogspot.com/2013/01/declaracao-de-interesses-o-comentario.html

[1] https://fcsseratostenes.blogspot.com/2017/04/descarrilamento-na-ademia-em-1-de-abril.htmlnivel.html

Acidentes em Passagens de nível

 

Exemplos de acidentes com as barreiras fechadas e contornadas por pessoas ou veículos, registando a IP e o GPIAAF que os semáforos e os avisos sonoros estavam operacionais: acidentes nas passagens de nível de Carapeços (junho 2019) e de S.Pedro da Torre/Valença (janeiro 2023) que têm em comum a falta de visibilidade num dos sentidos e aproximação segundo um ângulo morto. Em junho de 2025, na passagem de nível de Adarse/Alverca, na linha do Norte, morte do condutor de um automóvel que contornava as barreiras. Em outubro de 2025 em   Casais dos Amiais/Torres Vedras

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/ferido-grave-depois-de-carro-ser-abalroado-por-comboio-em-torres-vedras

Exemplo numa passagem sem barreiras, sem aviso sonoro e com a aproximação  segundo um ângulo morto foi  o acidente em julho 2024 em Poço Barreto/Silves  . Em 20ago2025 a IP informou que esta passagem de nível será fechada, dada a proximidade de outra.

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2023/11/elevada-taxa-de-mortalidade-na-ferrovia.html

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2024/07/sobre-passagens-de-nivel.html              https://fcsseratostenes.blogspot.com/2023/06/acidentes-ferroviarios-em-passagens-de.html   

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2017/01/morte-de-duas-adolescentes-em-vila-nova.html

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2010/06/proponho-vos-que-vejam-esta-tabela-word.html

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2020/04/o-acidente-do-alfa-em-vale-de-santarem.html

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/configura%C3%A7%C3%A3o-da-estrada-ter%C3%A1-levado-cami%C3%A3o-a-parar-na-passagem-de-n%C3%ADvel-no-fund%C3%A3o/ar-AA1HsAAR?ocid=msedgdhp&pc=U531&cvid=80cff0fde30a488194975ccce6977641&ei=25   

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2019/06/a-tragedia-na-passagem-de-nivel-d.html

https://fcsseratostenes.blogspot.com/2023/04/os-gestores-e-os-operadores.html   

    

O método de Hondt nas eleições autárquicas de 12out2025

 

https://www.autarquicas2025.mai.gov.pt/resultados/territorio-nacional?local=1854

Fico contente por mais umas eleições livres. Sou do tempo em que não o eram. Mas há sempre coisas a melhorar. Temos uma Constituição que refere expressamente que a conversão de votos em mandatos se fará conforme a representação proporcional (art.113.5).
Tivemos por exemplo no círculo de Lisboa :
partido A  elegeu 8 vereadores, cada um deles com 13823 votos. 
partido B elegeu 6 vereadores, cada um com 15011 votos. 
partido C teve 2 vereadores, cada um com 13390 votos.
partido D teve 1 vereador, correspondendo a 26769 votos. 
Se matematicamente fosse possível uma conversão perfeitamente proporcional, cada vereador deveria ser eleito com 15206 votos (nºde votos expressos a dividir por 17 vereadores) e assim se cumpriria a determinação constitucional. 
Diz também a Constituição, a propósito da AR e das AR regionais, que deve utilizar-se o método de Hondt. Trata-se de uma contradição porque o étodo de Hondt, quando o número de mandatos é reduzido, favorece de modo grosseiro os partidos mais votados, limitando a representatividade das minorias. mas para o poder local não é referido o método de Hondt. 
Logo, a menos da minha ignorância jurisprudencial, temos aqui uma inconstitucionalidade. Dirão os bem pensantes (saudades do tempo de que falei acima?) que é melhor não mexer, por causa da governabilidade, para não acontecer o que aconteceu ao macronismo. 
Só que a CRP fala em proporcional, não em governabilidade, apela à cooperação, não à competição agressiva, quer ouvir a voz das minorias ... Então mude-se para o método Saint Lague, divisões sucessivas  por 1,3,5,7 ... daria:
A com 7 vereadores (15798 votos/vereador), 
B com 6 (15011), 
C com 2 (13390) e 
D com 2 (13385). 
Ou então aumente-se para 19 o nº de vereadores (média de 13605 votos/vereador): 
A com 8 (13823), 
B com 7 (12867), 
C com 2 (13390) e 
D com 2 (13385).

Perguntem aos constitucionalistas o que acham (penso que não vale a pena queixarmo-nos ao Tribunal Constitucional). A propósito das legislativas, tem havido tentativas de interessar os deputados eleitos, mas os partidos mais votados não querem ceder privilégios, mesmo que os privilégios sejam inconstitucionais.



       
                                                                        método de Hondt

 

a amarelo os mandatos selecionados pelos quocientes maiores



Relacionado:

legislativas de 2025


legislativas de 2024

sobre governabilidade

CNE, sobre o método de Hondt


PS em 17out2025 - depois da recontagem de votos em S.Domingos de Benfica não se alterou a atribuição de mandatos de vereadores, junto o quadro Excel atualizado. Entretanto com a assembleia de apuramento da junta de freguesia de S.Domingos de Benfica, sugiram discrepancias, atribuindo ao CH 26755 votos e ao PCP 26752 votos, contrariamente às primeiras informações  sobre 61 votos não contados nos resutados provisórios. O importante aqui seria compatibilizar o método eleitoral com Constituição (proporcionalidade) substituindo o de Hondt pelo de Sainte Lague, ou aumentando o número de vereadores para dar voz às minorias:




segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Vítimas mortais na ferrovia em setembro de 2025

 

Sábado trágico 13setembro, as 2 senhoras mortas em Mesão Frio/Ermida/Rede eram turistas canadianas com deficiência auditiva.
Junta-se uma 4ªvítima em Cristelo Covo /Valença. A vítima de Ribeira de Santarem terá sido na passagem de nivel principal.
passagem de nível particular onde terão morrido as duas turistas canadianas entre Ermida e Rede (Mesão Frio, Douro)



duas vistas da passagem de nível de Ribeira de Santarém na linha do Norte onde terá morrido a terceira vítima de dia 13 de setembro; recordo o recente falecimento na passagem de nível de Aderse/Alverca também na linha do Norte de um automobilista que tentou contornar as barreirs descidas. Em todo o caso, as passagens de nível são incompatíveis com as velocidades da linha do Norte



Vista da zona do acidente com a 4ª vítima, na zona do cruzeiro da Senhora do Socorro, em Cristelo Covo, perto de Valença, vendo-se a acessibilidade da linha a partir da estrada. O caminho de ferro deve estar completamente segregado das imediações, dispondo de passagens desniveladas, analogamente aos critérios para autoestradas




A "justificação" agora não era que a passagem de nível estava em perfeitas condições, era que era particular. O caminho de ferro tem de estar inteiramente segregado de outras vias, como as autoestradas que não são atravessadas por passagens de nível. Até para os animaizinhos se constroem passagens desniveladas quando o projeto da autoestrada está bem feito.
Até quando? Eu sei que o GPIAAF não tem meios para fazer o inquérito mas a pergunta fica para os decisores governantes, até quando?





Associei estas tristes notícias ao apelo, a propósito do acidente do ascensor da Glória, da dotação do GPIAAF com meios suficientes para a investigação completa e proposta de recomendações para evitar os acidentes:



Do relatório do Eurostat (o número elevado da Grécia deve-se ao acidente na lInha Atenas-Tessalónica:


 
 





























sábado, 11 de outubro de 2025

morte por atropelamento de Flávia Vasconcelos

Condolencias aos familiares.


 https://www.publico.pt/2025/09/28/publico-brasil/noticia/atropelamento-brasileira-flavia-vasconcelos-rua-limite-40-kmh-2148865

O texto seguinte baseia-se no artigo citado e em informações recolhidas no local. Deverá aguardar-se eventual inquérito ou investigação da ANSR, de gabinetes a especialidade ou de seguradoras para se ter alguma confiança sobre o que se passou realmente. No entanto fiz alguns cálculos compatíveis com uma hipótese de que o veículo  que atropelou circulava com uma velocidade próxima de 30 km/h, numa artéria em que não há limite de 40km/h. 

Repito, o que segue é uma hipótese compatível com os elementos disponíveis, um dos quais é a marca que a polícia deixou do local onde o corpo se imobilizou, a cerca de 20 m da passadeira, provavelmente tendo sido transportado sobre o capô até o veículo parar.


segundo testemunhos a confirmar, a vítima vinha de uma aula no ginásio a sul, e o carro causador do acidente teve a visibilidade obstruida por outro que circulava na via da esquerda, não tendo o cuidado de verificar por que o veículo da via esquerda abrandava; só a artéria perpendicular à Av Snu Abecassis tem limitação de 40km/h




marca pela policia da posição final do corpo; o corpo terá sido transportado sobre o capô após o atropelamento, seguindo-se a queda para a posição final após a travagem do carro



O objetivo deste texto é o de sensibilizar quem o leia para a necessidade de aplicar algumas recomendações para reduzir a taxa de sinistralidade rodoviária:

1 - dar conta na comunicação social, especialmente TV, da ocorrência destas mortes e voltar ao assunto assim que se dispuser de alguma informação ou hipóteses de explicação, relevando os aspetos técnicos relativamente aos emocionais
2 - por maioria de razão voltar ao assunto quhouver resultados concretos de uma investigação ao pormenor, de preferência pela ANSR quando dotada de meios ou com apoio por gabinetes especializados
3 - alterar o Código da Estrada proibindo a ultrapassagem junto de passadeiras
4 - complementar a referencia atual no Código à redução de velocidade para um limite de 30km/h para cruzar a passadeira
5 - estender a classificação das artérias para tráfego partilhado com velocípedes com limitação a 30km/h
6 - melhorar a fiscalização do incumprimento dos limites de velocidade



        o atropelamento ocorreu na passadeira da faixa do lado direito da foto



                 o atropelamento ocorreu na via da direita da faixa do lado esquerdo da foto