http://www.infraestruturasdeportugal.pt/files/20160212planoinvestimentosferroviampipdf
verifica-se já um desfasamento significativo entre as datas indicadas e a realidade. Mas o balanço que o Publico faz é chocante. Só 15% em marcha.
https://www.publico.pt/2018/02/13/economia/noticia/dois-anos-depois-ferrovia-2020-so-tem-15-das-obras-no-terreno-1802900?page=/&pos=1&b=stories_cover__regular
Serão cativações? ou simplesmente incapacidade de realização?
Pedindo desculpa pela imodéstia e pela ilusão de ter aprendido alguma coisa durante alguns anos na coordenação e integração das diversas disciplinas na execução de empreendimentos do metropolitano com um cronograma para cumprir, direi que a resposta dada ao senhor jornalista, a ser verdadeira, de que não estavam realizados os estudos técnicos e ambientais (isto é, não estava nada feito), revela uma desorganização perfeita e uma alienação das realidades (passe a redundancia) por parte dos decisores. Anunciar com pompa e circunstancia os 9 ou 11km de Elvas para o Caia e meses depois não haver estaleiro é um facto grave e chocante (por acaso faz-me lembrar o senhor presidente da CML a fotografar-se em frente do ato de demolição de uma antiga carpintaria mecânica na Pontinha, ao lado da estação do metro, a dizer sorridente que era o início das .obras da nova feira popular).
Não digo que na IP vindos da REFER ou CP ou EMEF não haja colegas competentes e qualificados. Digo que não está constituida uma equipa dimensionada para a complexidade do trabalho. E isso depende obviamente dos decisores. Cuja capacidade de decisão fica assim demonstrada.Não sabem que é preciso fazer avaliações ambientais? Fazem ideia de como se organizam estas equipas? Até que ponto a infeliz (na minha subjetiva opinião, claro) decisão de juntar a REFER à Estradas de Portugal contribuiu para esta desorganização ou desmotivação, conviria também esclarecer, não para castigar os responsáveis, mas para os avaliarmos publicamente. Terão saído muitos colegas? perdeu-se know how e lá vem a choraminguice de que tem de se encomendar tudo fora (existem disciplinas especificamente ferroviárias que é má ideia encomendar fora)? Isto é, nem temos remendos das linhas existentes, nem temos linhas novas de bitola UIC, com 2030 a aproximar-se. Como vão bem as coisas por cá... dá desgosto.
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