sábado, 28 de novembro de 2020

Consulta pública para a modernização do terminal de contentores de Alcântara

 

Documentos da consulta pública para a modernização do terminal de contentores de Alcàntara:

https://siaia.apambiente.pt/AIA.aspx?ID=3310


Comentário que enviei:

Dado que o objetivo da intervenção é o aumento da eficiência do terminal, lamento ter de manifestar a minha discordância.

São as seguintes as principais razões para a discordància:

1 – os dois edifícios a demolir estão  longe do fim da sua vida útil, pelo que se discorda da sua demolição

2 – mesmo considerando o EIA de 2010, uma ação de melhoria da eficiência do terminal deveria estar integrada no plano geral de urbanização e transportes de Alcàntara e no PROTAML, sendo insuficiente o citado no relatório compromisso com a CML.

3 – a insuficiência  do compromisso com a CML radica nas sucessivas tomadas de decisão para a organização do território, nomeadamente o predomínio do imobiliário, a venda do terreno para o hospital e a previsão de estações enterradas, quer para o metro, quer para a ligação da linha de Cascais à linha da cintura

4 – qualquer intervenção no terminal deverá depender e poder integrar-se na solução que vier a ser encontrada para o nó rodoviário e ferroviário de Alcàntara, incluindo a forma de travessia das avenidas 24 de julho e da Índia do caminho de ferro, quer o de mercadorias do terminal, quer o de Cascais e a compatibilização com as expansões das linhas de metro que deveriam ser em viaduto. Para evitar o extenso feixe paralelo à avenida de Brasília e a perturbação e os riscos do atravessamento pelo comboio da via pública, a cota da linha férrea do terminal deveria estar em viaduto, e a ligação à linha de Cascais deveria rejeitar-se (á exceção duma ligação de serviço) dada a saturação da linha de cintura apesar de quadruplicada. Ver esquema de sugestão em anexo. Infelizmente, permanece a indecisão sobre o referido nó, a pesar da existência do plano de urbanização de Alcàntara.

5 – igualmente qualquer intervenção no terminal deverá depender e poder integrar-se no plano de expansão portuária. Como já divulgado há muito, a expansão portuária deveria fazer-se pela instalação de um porto de águas profundas na zona da Cova do Vapor-Bugio, ficando o terminal de Alcàntara para tráfego de mercadorias  reduzido e para serviços turísticos ligados aos edifícios classificados das gares marítimas, eventualmente com recurso a molhes de atracação.

6 – Considerando o exposto, a intervenção pretendida deveria ser menor do que a descrita no EIA

 

 


PS em 28nov2020 - independentemente do fim da concessão em 2038, sugere-se a ampliação através de molhes-cais de modo  faseado e cofinanciado pela CE ; na previsão que o novo nó rodoviário e ferroviário interfira com os edifícios existentes (museu do Oriente, por exemplo), há  a hipótese de reservar para novos edifícios que os substituam uma área da atual doca do espanhol, considerando que no estuário do Tejo há vários espaços com vocação para a navegação de recreio



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