Com a devida vénia a Rui Tavares na sua crónica de 16 de dezembro de 2020 no Público, e não sendo leitor de romances de espionagem, transcrevo a citação do agente Smiley criado por John Le Carré:
"Sou europeu, se alguma vez tive uma missão, se alguma vez estive consciente de uma missão para além dos nossos negócios contra o inimigo, foi para com a Europa. Se fui inclemente, fui inclemente por causa da Europa. Se tive um ideal inalcançável, foi o ideal de conduzir a Europa para fora da sua escuridão, rumo a uma nova era da razão. Ainda o mantenho".
Na mesma linha, as declarações do diretor do Infarmed, Rui Santos Ivo, no DN de 19 de dezembro de 2019:
"É numa situação de crise como esta que sentimos que é uma mais valia fazermos parte da União Europeia".
Lembrei-me de fazer estas citações a propósito da fuga dos governos ao cumprimento dos regulamentos europeus 1315 e 1316/2013 sobre as redes transeuropeias.
É verdade que não foram famosas muitas das decisões como reação à crise de 2007 a 2011 nem muitos dos constrangimentos da troika, nem algumas burocracias "eurocráticas", mas, citando Angela e Ursula, os "valores" são essenciais.
E do ponto de vista técnico, também. Aprendi isso quando tive reuniões periódicas com colegas homólogos de metropolitanos. Não devemos estar sozinhos, técnicos, empresários, sindicatos.
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