quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

O terminal da Bobadela e as ligações entre os aeroportos nacionais

 A Transportes e Negócios juntou alguns artigos de opinião com muito interesse:

https://outlook.live.com/mail/0/inbox/id/AQMkADAwATYwMAItZDlhNC1lMmZiLTAwAi0wMAoARgAAA3Q7dRH4s2RCokvHDFGXXPEHAFCKJ%2BvIkRtKqlQcNDlVFfUAAAIBDAAAAGrAfMWZk3BPpEYwoXO1rc0ABHn42f8AAAA%3D

Destaco o artigo sobre o terminal da Bobadela, sacrificado à realização da Jornada Mundial da Juventude (em terrenos sem condições de evacuação segura em caso de emergência) e o apetite para além do razoável por áreas de lazer e ciclovias junto do Tejo pela câmara de Loures. Escrevo para além do razoável por me parecer que o razoável seria repartir o espaço junto do Tejo por áreas  de produção e áreas de lazer, e não exclusivamente lazer (o XXII governo pretende expulsar todo o terminal até 2026). 

https://www.transportesenegocios.pt/o-interruptor-do-disruptor/?utm_term=As+opinioes+que+contam%21+-+Dezembro+2021&utm_campaign=T%26N+Newsletter&utm_source=e-goi&utm_medium=email

O artigo recorda que o terminal movimentou em 2018   4.200 comboios com 125.000 TEU e 170.000 camiões com 175.000  TEU, correspondendo a 35% do tráfego nacional de mercadorias.

A sua expulsão representa um exemplo vivo do triunfo das cigarras sobre as formigas.


O outro artigo que destaco fala da rede aeroportuária nacional e do impasse aparente que se vive com a dificuldade já antiga de se aceitar uma TAP mais pequena:

https://www.transportesenegocios.pt/e-se-a-rede-de-aeroportos-fosse-uma-linha-de-metro/?utm_term=As+opinioes+que+contam%21+-+Dezembro+2021&utm_campaign=T%26N+Newsletter&utm_source=e-goi&utm_medium=email

Difícil também para os decisores aceitarem que o aeródromo de Figo Maduro deveria sair para se construir o taxiway norte/nascente da Portela, que já  se deveria ter comprado o novo sistema de gestão de tráfego, que já deveria estar a funcionar o pipeline de Aveiras para o aeroporto para evitar o cortejo diário de camiões carregados de combustível. Isso permitiria subir o tráfego para 48 movimentos por hora de pico e cerca de 35 milhões de passageiros por ano e "aguentar" por mais uns anos a construção faseada de um novo aeroporto que em principio deveria estar a funcionar numa primeira fase em 2050.

Mas parece que também é difícil aos especialistas entenderem-se num plano concreto, sendo certo que as fases intermédias de um investimento progressivo devem ser compatíveis umas com as outras para não encarecer o total.

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