A Transportes e Negócios juntou alguns artigos de opinião com muito interesse:
Destaco o artigo sobre o terminal da Bobadela, sacrificado à realização da Jornada Mundial da Juventude (em terrenos sem condições de evacuação segura em caso de emergência) e o apetite para além do razoável por áreas de lazer e ciclovias junto do Tejo pela câmara de Loures. Escrevo para além do razoável por me parecer que o razoável seria repartir o espaço junto do Tejo por áreas de produção e áreas de lazer, e não exclusivamente lazer (o XXII governo pretende expulsar todo o terminal até 2026).
O artigo recorda que o terminal movimentou em 2018 4.200 comboios com 125.000 TEU e 170.000 camiões com 175.000 TEU, correspondendo a 35% do tráfego nacional de mercadorias.
A sua expulsão representa um exemplo vivo do triunfo das cigarras sobre as formigas.
O outro artigo que destaco fala da rede aeroportuária nacional e do impasse aparente que se vive com a dificuldade já antiga de se aceitar uma TAP mais pequena:
Difícil também para os decisores aceitarem que o aeródromo de Figo Maduro deveria sair para se construir o taxiway norte/nascente da Portela, que já se deveria ter comprado o novo sistema de gestão de tráfego, que já deveria estar a funcionar o pipeline de Aveiras para o aeroporto para evitar o cortejo diário de camiões carregados de combustível. Isso permitiria subir o tráfego para 48 movimentos por hora de pico e cerca de 35 milhões de passageiros por ano e "aguentar" por mais uns anos a construção faseada de um novo aeroporto que em principio deveria estar a funcionar numa primeira fase em 2050.
Mas parece que também é difícil aos especialistas entenderem-se num plano concreto, sendo certo que as fases intermédias de um investimento progressivo devem ser compatíveis umas com as outras para não encarecer o total.
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