Medway meets Renfe Mercancias and stay together, assim nos dizem as notícias, ficando a saber que ali, ao pé da antiga feira popular a Entrecampos que será mais um sucesso dos nossos urbanizadores, onde era a sede da CP Carga (e onde antes de o ser eu debati com colegas da REFER umas questões de sinalização ferroviária), defunta CP Carga porque os ideólogos disseram que "o Estado não tem vocação para gerir" , pese embora serem pessoas quem gere, não o abstrato Estado, aí ficará a sede da nova empresa saída da associação da Medway com a Renfe Mercancias.
Mais uma honra para o nosso país, a gestão da rede ibérica com extensão a França a partir da Avenida da República. Um orgulho para o nosso Presidente.
Sempre foi dito, a Medway sabe o que faz, o que é melhor para ela. Até comprou locomotivas Stadler Euro 6000, de 6 MW e 6 eixos para as rampas de 1,8% , umas de bitola ibérica e outras de bitola UIC, ela lá sabe porquê, para se irem amortizando enquanto os indolentes respetivos não projetam, submetem a fundos comunitários e executam os longos (cada vez mais longos à medida que o tempo corre) corredores norte e sul atlânticos entre a costa portuguesa e os Pirinéus.
Esta associação não tem em vista apenas o crescimento da exploração da rede ferroviária ibérica, mas concentra-se principalmente no tráfego de exportação de espanha para a Europa além Pirinéus, naturalmente com a transferência de carga rodoviária para a ferrovia através do transporte de camiões e semirreboques por comboio (com está a adaptação ao gabarit P400 exigido peelo regulamento 1315 revisto?).
É uma esperança, que a iniciativa e a competência da Medway e o pragmatismo da RENFE Mercancias (si el presupuesto del Estado no nos ayuda, la MSC lo hará) ajudem a iluminar para os nossos decisores esta linha de orientação tão simples: exportemos cada vez mais para a Europa por comboio.
E já que tanto nos falam em análises de custos benefícios, que nas próximas que fizerem estimem as mais valias que esta associação permite esperar, no que toca ao cumprimento da regulamentação comunitária e à satisfação dos requisitos da interoperabilidade plena no comércio com a Europa.
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