quarta-feira, 10 de abril de 2024

Email enviado à comunicação social sobre a escola Afonso Domingues e a urbanização do Sporting Campo Novo

Peço desculpa por estar a escrever em estado de indignação, mas vou tentar ser breve. 

Sobre a Afonso Domingues (pobre país que fecha uma escola com edificio para aulas, ginásio, pátio e oficinas, 20.000m2 ... ato de simples barbárie). Como disse ao colega mais jovem que ficou no metro a dirigir o empreendimento do prolongamento da linha vermelha, e que ficou muito triste comigo, é muito difícil em engenharia não se encontrar uma solução viável em vez de se fazer o disparate que  está projetado (espetar uma estação em forma de barracão em pleno acesso à ponte 25 de abril e depois carpir porque não sabem como fazer o corredor verde que dá votos). No caso dos pilares dos viadutos para o acesso à ponte Chelas-Barreiro e quadruplicação da linha de cintura, é sempre possível poupar a escola e já agora a casa de S.Vicente. Mas como digo no ponto 4 do parecer que enviei ao participa (e que consta de https://fcsseratostenes.blogspot.com/2024/03/uma-unidade-de-execucao-de-marvila-em.html) a localização da terceira travessia devia ser revista. Dirá a IP que não e que já está tudo estudado. Pretensiosos, a IP não é dona dos terrenos nem do municipio, nem supervisora dos planos de urbanização e de ordenamento do território (não lêem a CRP, art 165.1.z). O PROTAML tem de ser revisto numa perspetiva integradora, incluindo a localização do aeroporto, da estação de AV de Lisboa, da rede metropolitana (implica a TTT). Se não estamos numa republica de bananas, não pode vir uma IP sem apresentar várias soluções estudadas e a comparação entre elas multicritério.  Não espere que o presidente ou o vice presidente o façam. O presidente não tem formação técnica para discutir o assunto e o vice presidente tem sempre razão e não responde aos argumentos contrários, inventa manobras de diversão. 

Quiseram a ponte Chelas-barreiro para manter a tradição das oficinas do Barreiro como apoio à AV e para servir o NAL de Rio Frio. Justifica-se o traçado Chelas-Barreiro? Não, desde Vitruvio que se sabe que os rios atravessam-se pelo caminho mais curto, Beato-Montijo. Mas é dificil a IP aceitar isto, até o prof Viegas explicou isto. Nada se conseguiu. Na ligação acima tem tambem duas hipóteses, relacionadas com  a mudança da estação de Lisboa de AV para o AHD (o projeto na Gare do Oriente obriga  pilares a furar uma sala técnica do metro... mas não é por isso, é porque se o aeroporto é para ficar mais uns anos, tem prioridade para a estação de AV).

Sobre o Campo Novo ou urbanização do Sporting no Campo Grande, não encontrei nada sobre consulta pública que tenha havido. Nas fotografias não tirei certezas sobre se é para construir o edificio gémeo  ao que existe adjacente à estação do metro de Campo Grande. De qualquer modo o arquiteto Saraiva que me perdoe, mas aquilo é uma desgraça, 7 blocos acaçapados  uns aos outros e ainda chamam luxo àquilo. Eu sei que o sítio é apertado, não dava para tanto bloco habitacional, de escritórios e de comércio, mas bicos de varandas a curta distancia será bom para Romeus e Julietas sem vertigens, mas repito com grande pedido de desculpa ao arquiteto, não é bom. Andam entretanto os nossos  ciclistas a pregar contra os lugares de estacionamento em parques em edifícios. Mau é estacionar-se na rua. Parques são essenciais na cidade para que os habitantes não vão morar para os subúrbios, e para que os moradores de bairros vizinhos que não tenham metro à porta possam deixar o carro quando vão apanhá-lo no interface, ao metro ou aos autocarros para a periferia . E como não temos redes de transporte público em todos os eixos de penetração no núcleo da cidade, e com capilaridade, não se podem pôr portagens em todas as entradas. 
Mas eu só queria falar da ponte e da desgraça da urbanização do Campo Novo.

Abraço

urbanização Campo Novo

1 comentário:

  1. O eng. Fernando Santos e Silva, como habitualmente está cheio de razão. Infelizmente a governação do País tem sido feita para a corrupção e naõ para os portugueses.
    Henrique Neto

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