São 60 anos de exploração, após uma gestação de alguns anos.
Gostei muito de ter estado contigo e com todos os que ajudaram a melhorar a mobilidade de Lisboa. Ainda conheci alguns dos que estiveram desde o princípio, com quem não aprendi tudo, por culpa minha, do que sabiam, que deixaram escritos numa biblioteca preciosa, que implantaram uma cultura de segurança que não havia na altura, testemunhei isso. Até ajudámos na prática a tecnologia francesas a desenvolver os dispositivos de travagem automática por ultrapassagem de sinais proibitivos que os conceitos de segurança só impuseram em França nos anos 70 do século XX. E nunca envergonhámos a nossa casa nos contactos com os metros estrangeiros. Assim como assim, fomos rápidos a introduzir o controle por computador da sinalização nas zonas de manobra, a introduzir as centrais telefónicas de comutação temporal, as radiocomunicações em túnel, a condução automática (há 20 anos) , o controle eletrónico da tração e a recuperação de energia por travagem...
Todos com quem trabalhei também demonstraram que é possível construir coisas úteis, por mais complexas que tecnicamente sejam, somos capazes de coordenar e planear esforços, e que podemos resistir a agressões como as dos emissários da troika, com aquela ideia da privatização da operação e da nacionalização dos prejuízos, ou outras agressões como a privação de verbas para encomendar peças de substituição, que tanto prejudicaram os passageiros, ou como a imposição de planos de expansão sem ouvir o que diz a Assembleia da República. Mas o metro vai ultrapassar isso.
Parabens, jovem metro.
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