sexta-feira, 12 de junho de 2020
Viagens da escravatura pelos europeus
https://slavevoyages.org/voyage/database#timelapse
Com a devida vénia ao site Euractiv:
https://www.euractiv.com/section/transport/news/rail-rejuvenated-aerospace-anxiety-airline-blacklist/
reproduzo da secção "shipping news" uma interessante apresentação sobre o tráfico de escravos de África para o continente americano. São cerca de 31000 viagens registadas, mas elas devem ter sido 5 vezes mais.
Citando a área de Macbeth, "una macchia que e tuttaora" (uma mancha que permanece), não temos culpa do que os nossos antepassados fizeram, mas tambem não precisamos de os exaltar. O infante D.Henrique esteve ligado ao mercado de escravos de Lagos, no Algarve, Voltaire teve rendimentos de ações de companhias traficantes de escravos, traficantes foram o conde de Ferreira e o primeiro proprietário do edificio do Grémo Literário, aliás alcandorado a conde de Loures pelo rei.
Os decisores e quem os apoiava na altura achavam muito bem beneficiar da escravatura, mas já havia, no século XVI, quem manifestasse a discordancia frontal pela sua prática. Por exemplo, o padre Fernando Oliveira, ver
https://fcsseratostenes.blogspot.com/search?q=escravatura
Ou em Espanha, por ter estado em Cuba , o padre Bartolomeu de las Casas.
Pessoas como estes dois são as grandes figuras daquele século, não os aristocratas que os reis embarcavam nas frotas da expansão comercial a que os nossos historiadores chamam "descobrimentos".
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