terça-feira, 11 de maio de 2021

Israel e a Palestina

 Admiro muito da cultura judaica. O valor da sua literatura e da sua música. Dos ministros das finanças do Portugal medieval, dos matemáticos dos almanaques suporte da navegação,  dos comerciantes e industriais, Spinosa pertencia a uma família judaica portuguesa que teve de emigrar no século XVII. Um dos principais erros da história dos governantes portugueses foi a expulsão por D.Manuel I, de forma subserviente relativamente aos reis castelhanos, e a subsequente perseguição pela Inquisição. 

Mas não posso ficar calado perante a agressividade supremacista com que conquistam território e expulsam habitantes de outras nacionalidades.

A política do governo de Israel, e parece que apoiada pela maioria dos seus cidadãos (Hitler também ganhou eleições sem falsificação da contagem de votos), ajuda a colocar a hipótese de que a religião, antes de ser o lenitivo definido por Marx,  é uma arma usada pelos chefes tribais para justificarem a agressão contra outros povos (ou para garantir a supremacia de grupos económicos), neste caso o povo eleito justifica a agressão pelo apoio divino, conforme explica a Bíblia, independentemente do seu valor literário.

Concordo com a declaração da ONU, expulsar palestinianos da Cisjordânia, de suas casas, é um crime de guerra. Tal como o lançamento de foguetes pelo Hamas, que também utiliza a religião como arma de guerra.

Assim não, mas se a hipótese está correta, teríamos de rever o papel da religião nas sociedades modernas, mas todas, o que até está de acordo com a letra e o espírito da declaração dos direitos humanos e os princípios do laicismo.





https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_da_ONU_para_a_partilha_da_Palestina_de_1947

https://pt.wikipedia.org/wiki/Faixa_de_Gaza

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