segunda-feira, 14 de março de 2022

De novo, ópera no S.Carlos

 Finalmente, após 3 anos de promessas e recuos, desde a desajeitada política do ministério da Cultura desculpando-se com greves, à pandemia, consegui ver uma representação da Boheme. Com bom número de bons cantores portugueses (sempre com ligações ao estrangeiro, que o nosso meio é tão pequeno) , uma encenação de uma antigo diretor do teatro de Madrid, e uma boa interpretação da orquestra e do coro.

Pena haver poucas óperas em Portugal. Destaco os cartazes que o encenador inseriu, ligados aos anseios da juventude por um mundo melhor nos anos 70 do século XX, e depois frustrados, assim como assim o que a ópera retrata são os problemas da juventude: "make love, not war", "même travail, même salaire", "on ne nait pas femme, on le devient".

Schaunard, Colline, Musetta, Marcello, Mimi, Rodolfo


E de como no século XIX já se dizia o que hoje alguns dizem, embora seja clara na ópera a intenção de Colline de contrariar a frase maldita, como aliás devemos fazer na atualidade, apesar das Mimi que morrem, apesar de tudo:

"Già dell'Apocalisse appariscono i segni"  - os sinais do Apocalipse começam a surgir ...


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