De acordo com a notícia seguinte, o Continente terá mais duas NUT II:
Embora se trate de entidades de vocação estatística, esta decisão para mim revela a dificuldade em desenvolver uma visão integradora dos territórios, isto é, a conhecida dificuldade portuguesa de planear.
Tenho de respeitar a decisão do Parlamento e dos Municípios
envolvidos, mas no uso do direito de liberdade de expressão, observo que expressões
como “emancipar” e “Setúbal não tinha estatísticas” revelam uma opção de recusa
de visões integradas da organização do território com estímulo da competição entre
áreas localizadas e sujeitas aos riscos dos caciquismos. Até aqui, havia no
Continente 5 NUTII: Norte, Centro, AML, Alentejo e Algarve. Se bem interpretei
a notícia, passará a haver 7 NUT II: Norte, Centro, (Oeste+Lezíria+Médio Tejo),
AML, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. A possibilidade de aceder a
fundos comunitários existe para outro tipo de cofinanciamento, nomeadamente na
área dos Transportes e da Energia, e nada impedia o tratamento estatístico das
novas áreas se classificadas como NUT III nem a transferência orçamental de verbas
de zonas de maior rendimento para as de menor rendimento. É um caso semelhante
ao da proliferação de municípios, que deviam ser menos, por exemplo em Lisboa,
onde no fim do século passado se agregaram a Lisboa os municípios de Belém e
dos Olivais. Agora faz-se ao contrário e há sempre quem agradeça. Mas como
disse, tenho de respeitar a decisão dos órgãos eleitos, embora considere um
erro.
Sobre as NUT :
https://www.pordata.pt/O+que+sao+NUTS
Sem comentários:
Enviar um comentário