Relativamente ao artigo de 23ago2023 com as imagens das estações Campolide, Campo de Ourique e Infante Santo
https://lisboaparapessoas.pt/2023/08/23/metro-estacoes-linha-vermelha-imagens/
e relativamente às imagens do viaduto e estação de Alcântara de mai2023
https://lisboaparapessoas.pt/2023/05/11/estacao-metro-alcantara-primeiras-imagens/ comento:
1 – no parecer que enviei na consulta pública critiquei o traçado sinuoso da linha e, especialmente, a não ida do metro, em viaduto à estação de Alc^ntara Mar onde deveria fazer-se a correspondência com a linha de Cascais, tal como previsto do PROTAML de 2002 ainda não substituído, e nos planos do Metropolitano interiores ao mapa de 2009 e à decisão da linha circular de 2016. A APA não considerou relevantes as minhas críticas pese embora não serem conhecidas a experiência profissional em redes de metro dos seus técnicos (esta não é uma crítica à APA mas sim ao legislador que não previu essa valencia na avaliação das propostas de investimento).
2 – invocando-se agora a urgência do PRR, e a receção de propostas, é evidente que nada vi ser alterado. Manter-se-á o traçado sinuoso e a perturbação no Jardim da Parada (o argumento de que há vestígios de aqueduto na Ferreira Borges não colhe porque há diferença de profundidade tal como noutro locais em que isso foi resolvido) a qual perturbação seria desculpável se não implicasse a supressão das instalações sanitárias por causa dos elevadores. Vale dizer que o DL 125/2017 impõe aos edifícios públicos não só meios mecânicos ou rampas de 6% como também IS para pessoas com mobilidade reduzida. Sobre os acessos da estação Infante Santo noto que, possivelmente por influencia da junta de freguesia da estrela, não haverá (ou ele não é divulgado agora) acesso no recinto interior do quarteirão, o que afetaria a utilização que dele fazem os moradores (e que serão gravemente afetados durante a construção, implicando a desocupação temporária de alguns prédios, o que justificaria outro traçado ).
3 – Sobre os desenhos do viaduto e da estação de Alcântara a situação parece mais grave, uma vez que os desenhos divulgados em maio2023 e agora repetidos dão às pessoas a ilusão de que a estação não prejudica os acessos à ponte 25 de abril. Ora, como se vê pelas fotos adiante e pelo desenho 1.46 que constava do EIA e mesmo pela planta junto das fotos de mai2023 (nesta planta é demolido o edifício adjacente à Av.Ceuta e o acesso à Rua de Alcântara é diferente) a estação vai ocupar duas das três vias descendentes e duas vias ascendentes e a faixa de estacionamento ascendente, obrigando à utilização da rua da Quinta do Jacinto para as novas 2 vias de acesso `ponte (com uma entrada e uma saída do bairro do Alvito, complicando o trânsito), enquanto do lado descendente se reduzem a duas vias. Não é uma “acalmia” de tráfego automóvel. É uma ameaça grave à fluidez, numa altura em que o eixo norte sul ferroviário não poderá absorver tráfego rodoviário por estar próximo da saturação (esta a razão para não poder concordar com a ligação da linha de Cascais à linha de cintura, por mais que o PFN queira deslocar as ligações Norte sul para a futura TTT).
As fotos divulgadas dão a ilusão de que as vias existentes de acesso se mantêm, contornando a nova estação sem ocupação do espaço adjacente, quando o impacto na afetação do bairro do Alvito e do quarteirão entre a via descendente de saída da ponte e a rua de Alcântara é significativo. No caso da estrutura do viaduto, que deve ser dimensionado para travagens simultâneas de dois comboios carregados, a mim parece-me que as vigas representadas são demasiado esbeltas, mas só fazendo os cálculos por colegas da especialidade.
4 – Em síntese, assiste-se ao desenvolvimento de uma má solução, vendida como apoio ao transporte público e como combate à poluição (que atratividade poderá ter uma linha de superfície “LIOS” com uma velocidade comercial baixa ligando Jamor/Algés-Alcântara Terra e onde está o seu projeto? Onde estão os projetos das ligações mecânicas Alvito/CP-Alcântara Terra-Alcântara Mar?) .
acessos à ponte 25 de abril existente e futuro |
des.1.46 do EIA com a implantação da estação e a afetação das áreas laterais adjacentes |
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