Meu caro amigo tão escandalizado porque alguns criticam o excesso de turistas em Lisboa.
Tem razão, de facto, o turismo é bom para as contas nacionais. Embora o reconheça com tristeza. Porque o valor absoluto com que contribui para o PIB é bom para a economia, entra nas exportações, mas o seu peso relativo é exagerado. A sociedade vive dividida em camadas, em setores ou em segmentos, ou em classes. E o turismo deveria ter, para o mesmo valor absoluto elevado, nas circunstancias atuais, um peso relativo, nas contas gerais, menor. Isto é, são os outros setores que deveriam ter a mesma taxa de crescimento do turismo. E ainda bem que há exemplos positivos. Por exemplo, a fábrica de boias marítimas telecomandadas com tração elétrica, o desenvolvimento da condução autónoma duma marca alemã no norte de Portugal, etc,etc. Mas continua a ser uma sociedade desequilibrada, uma espécie de país que paga tributo a estrangeiros para não ser invadido pelas suas tropas. Ou como dizia Luciano Amaral, uma espécie de protetorado, vagamente telecomandado do exterior acrescento eu, com a grande maioria dos seus habitantes muito satisfeita com os brinquedos que importa, de automóveis a smartphones.
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seria um estudo interessante, avaliar o balanço ecológico dos navios de grandes cruzeiros em termos de resíduos poluidores, para além das emissões dos seus motores diesel (para quando a tração por gás natural?); ou descobrir a razão por que 7 dias de cruzeiro fica mais barato do que passar esses 7 dias em terra, num hotel de 4 estrelas; ou descobrir qual a taxa de cobertura das importações, necessárias a satisfazer o fluxo de turistas, pela produção nacional para o mesmo efeito |
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uma das vantagens do turismo é permitir manter em circulação elétricos antigos |
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fila num centro comercial para reserva de um novo modelo de smartphone |
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