Com a devida vénia a João Lopes, crítico de cinema, e ao DN, cito:
"Um aspeto desconcertante das sociedades de informação em que vivemos é a padoxal cumplicidade entre informação, precisamente, e ausencia de conhecimento - com se a acumulação de dados gerasse uma perversa desvalorização da memória e da interpretação do passado. Observe-se o modelo publicitário do jovem sempre ocupado com telemóvel e uma infinidade de gadgets, mas ignorando a história da humanidade."
Não será grave. Ao entrarmos numa carruagem de metro, 25% das pessoas, jovens ou não, estão agarradas ao telemóvel. Será o cumprimento de um ritual que será tambem coletivo, uma forma de integração num grupo social. O telemóvel será então um meio, não o objetivo e, especialmente, não o responsável pela ausencia de conhecimento, que aliás já vinha de trás, como que uma promoção da ileteracia para não comprometer os decisores. Mas choca, de facto, ver as potencialidades dos meios informáticos e teleinformáticos e a não divulgação do conhecimento, ou a restrição nos conhecimentos dos próprios especialistas, sem uma visão histórica e de conjunto. Como se a álgebra de Boole que os sistemas binários usam nos computadores e as leis de Maxwell das radiocomunicações não viessem de meados do século XIX.
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