quinta-feira, 11 de julho de 2019

10 de julho de 2019 - o estado da nação no Parlamento






Apenas 3 recados para alguns participantes, que certamente não serão recebidos e por maioria de razão atendidos, provavelmente porque o conceito de democracia participativa dos destinatários e meu não coincidem..

1 - Ao sr primeiro ministro: 

por favor tente pronunciar corretamente, sílaba a sílaba, em nome das nossas crianças nas aulas de português no ensino obrigatório. Tente dar o exemplo:

com-pe-ti-ti-vi-da-de   , de competitivo, competir

em-pre-en-de-do-ris-mo     , de empreendedor, empreender

Obrigado

2 -  ao sr deputado Rocha Andrade

sem menosprezar a sua competencia e rigor técnico na sua especialidade, peço desculpa por citar um cardeal norte americano: "quando estou no campo e vejo um bando de aves que têm o aspeto de patos, voam como os patos, têm uma formação de voo como a dos patos, e fazem o percurso que os patos constumam fazer nesta altura do ano, sei que estou a ver um bando de patos".
Da mesma forma, quando eu escrevi à administração do metropolitano em agosto de 2016 (claro que não me responderam, os conceitos de democracia participativa não coincidem)  que, a continuar-se assim (sem que o ministério das finanças autorizasse a encomenda de rodados novos para substituir os desgastados, apesar das verbas estarem orçamentadas, mas requerendo autorização expressa, isto é, cativadas), com o tempo a passar e cada vez mais unidades triplas (comboios) a terem de encostar porque rodados desgastados podem provocar descarrilamentos, até se terem atingido 30 unidades triplas paradas num universo de 111 (tudo o que seja mais de 10% de imobilização é má gestão), isso para o metropolitano é corte na manutenção, cativação ou corte. São os resultados que interessam, isto é, o produto, neste caso comboios-km, que não puderam produzir-se, graças aos cortes ou cativações. 
Preferia também que tivesse referido, na sua "boutade" sobre a dependencia de não compreender uma coisa, a paternidade da frase original, um ex-candidato a governador da California que perdera as eleições.

3 - ao sr ministro Centeno

protestou o sr ministro vestindo a pele da vítima da ingratidão daqueles que beneficiou, que foi o maior reforço na saúde. Maior reforço significa maior despesa, mas ao mesmo tempo vemos os tempos de espera a aumentar. O que significa que a produtividade baixou (produto/meios), e muito, se o reforço foi grande. Estranho ter ido na sua argumentação por este caminho, sabendo-se como é importante para os economistas o mantra da produtividade. Não será culpa sua, não sei, apesar do sr ministro ter contribuido com uma frase sua para a antologia negativa: não fizemos cativações no serviço nacional de saúde, só na parte administrativa do ministério da saúde. Será a minha deformação profissional que insiste, são os resultados que interessam, não os formalismos e a classificação das rubricas. E o que se verificou foram as tais 30 unidades triplas encostadas por cativação. Mas também pragmaticamente, o seu governo percebeu que há muitos passageiros no metropolitano, isto é, mais votos potenciais do que os passageiros da CP regionais (já sei, foram encomendadas 22 unidades e alugadas umas quantas ao parque excedentário da RENFE.) , e lá veio a autorização para encomendar os rodados. Agora, só as automotoras em revisão normal estão imobilizadas, no metro (já sei também, o sr ministro das infraestuturas "arrancou-lhe" 45 milhões para recuperação do material da CP encostado há uns anos).




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