terça-feira, 5 de maio de 2015

A barca do inferno e as greves do metro e carris

Gosto de ver o programa barca do inferno. A visão feminina das coisas enriquece o debate.
Pertinentes as informações de Raquel Varela sobre a natureza do caderno de encargos para a subconcessão dos transportes urbanos, uma PPP em que o privado está protegido contra os riscos.
Discordo da atitude e da maior parte dos comentários de Manuela Moura Guedes. Tenho pena quando recordo a forma suave como cantava (gravou discos) e vejo agora como é agressiva e convencida. Documentou-se com um acordo de empresa desatualizado para atacar os trabalhadores. É uma técnica, descredibilizar quem se quer contrariar, em lugar de discutir as ideias. Eu também não concordo que se façam tantas greves e da forma como se fazem, por prejudicar os passageiros, mas isso não devia levar a ofender com mentiras os trabalhadores.
A associação sindical da Carris protestou junto do provedor (atenção, o direito de resposta pede-se á direção da empresa, não ao provedor) que providenciou o seguinte programa, em que se confirma o exagero de ManuelaGuedes (tambem apresentou uma lista de remunerações dostrabalhadores do metro inflacionada, mas as organizações de trabalhadores do metro não terão apresentado reclamação):

http://www.rtp.pt/play/p1781/e193623/voz-do-cidadao

Pena a senhora insistir que tem toda a razão, e não pedir desculpa pelos exageros. Não custava muito (aquela da família andar de borla a roubar espaço aos passageiros é de facto infeliz e é falsa). Mas enfim, é um estilo que se vê muito no jornalismo sensacionalista e nas caixas de comentários da internet. No entanto, não tirem a senhora do programa, a diversidade vale muito, mesmo que muito do que ela diga seja falso. Quanto mais não seja para levar à reposição da verdade.

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