sábado, 16 de abril de 2016

Não quero que haja golpe, Dilma

Dilma, Dilma, não quero que haja golpe.
Ou como dizes, que tenha golpe.
Influencia francesa, saudosos de Belém.
Mas está difícil, a democracia nem sempre tem defesa contra os representantes, ou delegados, dos eleitores que se desligam deles e que resolvem por eles próprios, independentemente dos compromissos anteriores com eles.
Porque quem votar pelo impeachment está a fazê-lo dentro do formalismo da lei, não é bem golpe. Mas é obviamente contra a ética, e ainda por cima violando um princípio básico de um estado de direito, qualquer acusação tem de ser provada. E está por provar o delito de irresponsabilidade e de manipulações fiscais e orçamentais. Falha da democracia que não definiu corretamente o poder judicial, que não garantiu a vinculação dos eleitos aos eleitores.
Isto é, seria bom não haver luta de classes, mas estamos mesmo em pleno conflito entre coxinhas e petralhas.
Entre quem precisa de educação, saúde e transportes, de garantir o rendimento, e. do outro lado, quem quer seguir a cartilha do consenso de Washington.
Pena não teres dado atenção ao que o povo quis dizer com as manifestações antes do mundial de futebol pela educação, pela saúde, pelos transportes. Que as desigualdades se estavam a acentuar, que as elites continuavam a gerir a sua ganância, Pena não teres entendido a mensagem.
Aguardemos. Boa sorte. Tenta modificar-te, mais aberta com quem pretende menos desigualdade e menos elites. Quer ganhes, quer percas. Boa sorte.





http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/116

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