Com os devidos agradecimentos à antena2 e o seu programa A vida breve
http://www.rtp.pt/play/p1109/a-vida-breve
e ao amigo Mario Ribeiro, sempre atento e diligente na distribuição de informação sobre as energias e os transportes,
https://www.publico.pt/economia/noticia/governo-avanca-com-corte-de-140-milhoes-nas-renovaveis-1747382?page=-1
De Jorge de Sena,também engenheiro nos Monumentos Nacionais e na Junta Autónoma de Estradas de 1947 a 1959, com uma breve referência aos negócios das centrais elétricas e à sua sábia questão:
na insólita fortuna da desgraça
à luz do cogumelo cor de fogo
que vitrifica areias do deserto
e não distingue o livro de horas
do duque de Berry
de uma criança no berço nem a Venus de Milo duma welwichia mirabilis
nem um tigre do amor de dois gatos num pátio entre latas vazias
e que chegarão para liquidar a sábia questão
das centrais térmicas de apoio às hidroelétricas
com as respetivas companhias de distribuição
onde não há que chegue para umas e para outras
mas é preciso comprar carvão
e as vocações de aguadeiro ainda não acabaram
nesta insólita fortuna a luz que vem
oh em poeiras inofensivas
rezo a mim mesmo para não perder a memória por vós
para que saibais sempre lembrar-vos
de que tudo se perde onde se perde a paz
e primeiro que tudo
se perde a liberdade
Isto a propósito do anunciado corte de 140 milhões de euros nas rendas as empresas de renováveis (de 100€/MWh quantto terá baixado? terá chegado ao máximo dos máximos, 50€/MWh?), e que aplaudirei quando se concretizar, juntamente com cortes nos subsídios da "interruptibilidade" e "garantia de potência" (o conceito de seguro não se terá estendido infelizmente até aqui), concorrendo assim para a redução do défice tarifário.
Caro Fernando. Agradeço a atenção da sua referência à minha pessoa mas o mais importante é sem dúvida a sua reacção à notícia. Este ESCANDALOSA HISTÓRIA das rendas à produção da energia há muito que deveria ter cessado. Pode ser que o "afogo financeiro" onde estamos mergulhados possa levar rapidamente os nossos responsáveis a levar o bom senso, que tarda, a este campo.
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