Adaptação livre de uma anedota já clássica
Marílio deixou a sua ilha natal, a Madeira, para estudar no IST. Conseguida a licenciatura, foi admitido na CP. Passou para a REFER, daí para a RAVE, outra vez na REFER e finalmente, contrariado mas tendo de cumprir a estratégia dos decisores, na IP.
E aconteceu-lhe uma coisa rarissima, apareceu-lhe o génio de Aladino a perguntar-lhe o que desejava para o compensar e ao seu amado país das desgraças.
Marílio, como bom madeirense e técnico de transportes, não hesitou, uma ponte unindo o continente e a Madeira.
O génio ficou calado por uns instantes, e explicou-lhe que isso daria um trabalhão enorme, e enquanto estivesse trabalhando na ponte não poderia satisfazer os desejos de outros por esse mundo fora.
Marílio aceitou a escusa, e depois de pensar um bocadinho disse, como bom ferroviário:
- Então queria que o XXII Governo e a IP mandassem fazer a nova linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto com todas as caraterísticas das redes transeuropeias TEN-T, incluindo o ERTMS e a bitola standard de 1435 mm.
Ao que o génio contrapôs:
- E queres logo as duas coisas, o ERTMS e a bitola UIC?
- Sim, sim, é o que diz a norma. Linhas novas não separadas da Europa não podem ser em bitola ibérica.
O génio ficou calado, pensativo, e depois de um longo intervalo perguntou:
- A ponte para a Madeira, quantas vias queres, e é para ser rodo-ferroviária, certo?
Notícia de 22 de outubro de 2020:
Sim senhor! Uma piada muito verrinosa. Até estou com pena dos governos que nos têm governado até à data.
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