Na construção da sede da Policia Judiciária em Lisboa pela Opway, no seguimento de um processo que se desejaria bem esclarecido se terá sido como compensação pela desistencia da construção da sede no Porto, foi cometido um erro grave. Foram construidas caves e respetivos acesso no limite do terreno, muito perto da vertical da empena de um prédio que era o ultimo de uma banda e com um desnível significativo. Faltou a construção de um muro de contenção com pregagens e estacas de contenção. Isso mesmo pode ser verificado visitando o local, do lado da rua da Escola Farmaceutica (ver
https://fcsseratostenes.blogspot.com/2020/02/tem-razao-o-bastonario-engenharia-e.html ), e confirmado no relatório da A2P, um excelente gabinete de engenharia de estruturas (ver
Nesta mesma noticia pode ler-se o prejuizo para os moradores, o arrastar das burocracias e o passa-culpas do Ministério da Justiça, de que depende a PJ, que nada o dignifica.
Tudo isto será um problema de mentalidades, desde o oportunismo vivaço do arquiteto ou do promotor da obra que quis aproveitar o espaço para as caves e respetivos acessos (a Ordem dos Arquitetos deveria combater este oportunismos), até á leviandade com que se executam projetos para rentabilizar através da economia de tempo a sua elaboração (a Ordem dos Engenheiros deveria intervir) e aos burocratas que eternizam os processos (este é um problema cultural que só nas escolas se poderia combater).
PS em 20jan2021 - Para se avaliar a inconformidade de todo o processo relativo à sede da PJ e a desculpabilização sistemática da senhora ministra da Justiça, ver esta notícia:
https://zap.aeiou.pt/sede-pj-burla-gestao-danosa-235736
Como pois admirarmo-nos de que tenham sido prejudicados e desprezados os moradores do prédio afetado? Como confiar na Justiça em Portugal? Porque não atua o Ministério Público? Porque não intervem eficzmente a CML?
Por outro lado, qual seria a melhor solução? Demolir o prédio e construir um novo com caves à profundidade das da PJ, efetuando as devidas estacas de contenção no prédio vizinho. Mas isto porque não se desenvolveu em Portugal o negócio da reconstrução do edificado, de modo a reduzir-se o preço das intervenções, numa altura em que era importante fazê-lo não apenas pela recuperação em si das habitações, mas também pela necessidade de reforço anti-sísmico e de isolamento térmico das habitações (e consequente redução de consumos para arrefecimento e aquecimento). No entanto, considerando os problemas de mobilidade (o estacionamento de automóveis é um cancro no urbanismo) a solução teria de ser integrada e não prédio a prédio, eventualmente com emparcelamento (exemplo: fusão num só de 3 anteriores artigos matriciais).
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